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Aviação

​EUA: aéreas são acusadas de hipocrisia após reportagem do WikiLeaks

Afinal, quem tem mais culpa no cartório?

Afinal, quem tem mais culpa no cartório?


A guerra de palavras entre as três aéreas estatais do Golfo e as três maiores companhias dos Estados Unidos se tornou uma guerra de números. American, Delta e United se tornaram as companhias responsáveis por acusar a Etihad, Emirates e Qatar Airways de levarem vantagem no mercado aéreo norte-americano, após o jornal The Street ter afirmado que todas teriam recebido subsídios no valor de US$ 42 bilhões dos governos do Catar e Emirados Árabes Unidos.

De acordo com as norte-americanas, Etihad, Emirates e Qatar Airways levariam vantagem, considerada desleal, na concorrência direta entre as companhias. American, Delta e United Airlines já pediram aos oficiais do governo a renegociação do contrato de “Open Skies”, acordo que não restringe a entrada de aéreas estrangeiras no mercado norte-americano.

No entanto, a razão mudou de lado na tarde dessa quarta-feira (15/04), após um documento vazado pelo site WikiLeaks afirmar que as aéreas norte-americanas também foram beneficiadas com subsídios, que chegaram a US$ 155 bilhões, entre os anos de 1918 e 1999.

De acordo com o documento, o dinheiro veio em forma de subsídios federais para ajudar a aviação nacional, com empréstimos para a compra de novas aeronaves e investimentos em aeroportos, como a reforma e construção de pistas de pouso, torres de controle e sistemas de radar de alta tecnologia.

A US Travel Association (Associação de Viagens dos EUA) apontou que o que foi publicado pelo WikiLeaks é uma clara evidência da hipocrisia praticada pelas aéreas dos EUA. “As três companhias (United, Delta e American) construiram uma casa com teto de vidro”, frisou Jonathan Grella, da US Travel Association.

Por outro lado, representantes das companhias norte-americanas afirmam que os fundos do governo que serviram para construir torres de controle e pistas de pouso e decolagem são diferentes da verba utilizada pelas companhias do Golfo para empréstimos sem juros e isenções fiscais.

“É cômico ver que um documento de duas décadas atrás, que jamais foi publicado, esteja sendo comparado com o suporte e a maneira que os subsídios são atualmente e frequentemente movimentados entre os governos do Qatar e Emirados Arabes Unidos e suas respectivas aéreas”, ironizou Jill Zuckman, porta-voz das aéreas norte-americanas.

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