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Aviação

​IATA critica Brasil, 131º na economia de infraestrutura aérea

Peter Cerda e Tony Tyler

Peter Cerda e Tony Tyler


O vice-presidente regional para as Américas da IATA, Peter Cerda, anunciou durante a Assembléia Geral Anual da Instituição que o crescimento do tráfego aéreo na América Latina e no Caribe pode chegar a 385 milhões de passageiros nos próximos 10 anos. Em 2014, o número chegou a 242 milhões de transportados em toda a região.

De acordo com Peter, esse número pode ser alcançado através de três pilares: melhoria na infraestrutura, aplicação de uma regulamentação mais inteligente e adoção padrões globais de serviço. “A região tem mais de 8% da população do mundo e é responsável por apenas 5% do tráfego aéreo mundial. Por isso, ela deve aumentar seu tráfego em 50%, mesmo antes de alcançar seu potencial mínimo. Mas para ter sucesso, deve remover todas as barreiras, como melhorar a sua infraestrutura”, afirmou o VP da IATA.

Cerda destacou ainda que a contribuição da aviação é de 4,9 milhões de postos de trabalho na América Latina e no Caribe e de US$ 153 bilhões em seu Produto Interno Bruto (PIB). O executivo lembrou também que apenas dois países da região, Panamá e Barbados, estão entre os 35 maiores países do mundo com qualidade em sua infraestrutura aérea.

“Entre as maiores economias da região, o Brasil ocupa a 131ª colocação, a Colômbia, o posto de número 105, e o México está na atual 64ª colocação. Mas existem alguns aspectos muito positivos, como o futuro aeroporto da Cidade do México, com uma excelente oportunidade para criar um hub de classe mundial. Ele foi projetado para oferecer conforto aos passageiros com uma demanda com custo mínimo para as companhias aéreas e passageiros”, descreveu.

Cerda declarou ainda que a região também deve se preocupar em obter “normas mais inteligentes em conformidade com as melhores práticas globais”. “Os governos da região, com exceção do Panamá e Chile, tendem a ver as companhias aéreas e os prestadores de serviços de luxo como um alvo fácil para a cobrança de impostos ou de aplicação de regulamentações onerosas. Um bom exemplo é o Brasil, onde, infelizmente, o regulamento dos direitos dos consumidores não está em conformidade com os padrões globais e as melhores práticas, punindo injustamente a aviação”, completou

Sobre isso, acrescentou que “nós somos muito bons em reagir a uma crise, mas nós não somos bons no quesito proatividade ao pensar uma projeção real de 15 ou 20 anos. Isso deve melhorar se quisermos competir com mercados como Cingapura e China, entre outros”, insinua o dirigente. No entanto, Cerda elogia integração da região. “São um exemplo disso, a Latam e a Avianca/Taca”, finalizou.

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