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Aviação

“7 de setembro foi um divisor de águas para o setor”, analisam aéreas

John Rodgerson, Paulo Kakinoff e Jerome Cadier, presidentes da Azul, Gol e Latam Brasil

John Rodgerson, Paulo Kakinoff e Jerome Cadier

O feriado de 7 de setembro, que caiu em uma segunda-feira, marcou o primeiro pico de viagens realizadas desde a chegada da pandemia no Brasil. A movimentação em aeroportos durante o fim de semana prolongado contrastou com as cenas de saguões vazios, registradas ao longo dos últimos meses, mesmo que ainda muito abaixo dos níveis registrados em 2019.

Para o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, o 7 de setembro foi um marco para o setor. De acordo com ele, as experiências positivas de quem viajou no período somadas a ausência de um pico de contaminações na semanas seguintes ao feriado abrem portas para que mais pessoas viajem nos próximos feriados e datas comemorativas.

“O feriado de 7 de setembro foi um divisor de águas para todo mundo que estava em dúvida em relação a segurança para se fazer uma viagem. Tivemos em torno de 60% ou 70% da movimentação que tivemos no ano passado. Aguardamos os 15 dias após 7 de setembro pra verificar que não teve um pico de casos. Já estamos vendo para o próximo feriado uma demanda aquecida”, destacou o presidente da Gol durante painel transmitido na tarde desta segunda-feira (28) no Abav Collab.

Este crescimento da demanda foi observado também pelo presidente da Azul, John Rodgerson, e, de acordo com o executivo, já resulta em um aumento de 800% na oferta em relação a malha emergencial de abril. “Estamos tendo uma resposta muito boa. Cada mês temos mais confiança para botar mais voos” afirmou Rodgerson.

Com uma perspectiva de chegar até o fim do ano atendendo até 95% dos destinos atendidos no pré-pandemia, as companhias começam a sair de uma análise conservadora para uma mais otimista. “No doméstico a recuperação tem sido gradual, semana a semana e realmente tem sido bastante sólida. A gente vai para um final de ano vendo o copo meio cheio”, salienta Jerome Cadier, CEO da Latam Airlines Brasil.

PREÇO

Jerome ainda ressaltou a oferta muita acima da demanda em toda a aviação global, o que resultará em preços de passagens mais baratos ao longo dos próximos meses. “Existe um excesso de capacidade, que tende a resultar que os preços sejam mais baixos para estimular as pessoas a voar. E tem que ser mais baixo para trazer de volta as pessoas as aeronaves, aos hoteis e aos restaurantes. Temos que ser competitivos para garantir esta retomada”, ressaltou o CEO da Latam Airlines Brasil.

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