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Aéreas do Golfo movimentam mais de US$ 4 bi nos EUA em 2014

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Pedro Menezes

Publicado - 22/06/2015 - 15:28

O estudo concluiu que as aéreas norte-americanas também se beneficiaram com o acordo de Open Skies
O estudo concluiu que as aéreas norte-americanas também se beneficiaram com o acordo de Open Skies

Se para as aéreas norte-americanas, o acordo de Open Skies vem trazendo enormes prejuízos frente à concorrência asiática considerada injusta, para os Estados Unidos como um todo, este investimento internacional tem ajudado e muito o turismo e a economia em grande parte de seu território.

Este é o resultado de um estudo divulgado pela U.S Travel, que concluiu que o congelamento desse acordo de Open Skies pode custar bilhões de dólares para a atividade econômica e receitas fiscais, além de comprometer centenas de postos de trabalho em território norte-americano.

O estudo foi conduzido em reação ao pedido feito em janeiro ao presidente Obama pelas três maiores aéreas dos Estados Unidos (American, Delta e United) para rever o acordo de Open Skies no qual estão inseridos as aéreas do Catar e dos Emirados Árabes Unidos. As companhias norte-americanas acreditam que as aéreas do Golfo estão violando o acordo de Open Skies uma vez que receberam subsídios considerados injustos de seus próprios governos.

Para a US Travel, o acordo de Open Skies promoveu um ‘boom’ colossal na economia norte-americana como um todo já que, somente em 2014, as aéreas do Golfo levaram 1,1 milhão de passageiros internacionais aos Estados Unidos, que gastaram mais de US$ 4 bilhões durante suas visitas a cerca de 11 cidades as quais as empresas operam atualmente.

O gasto bilionário, de acordo com estudo, é capaz de cobrir cerca de 50 mil postos de trabalho nos Estados Unidos e gerar cerca de US$ 2,6 bilhões em renda proveniente do trabalho. Além disso, US$ 1,1 bilhão desses gastos vai para os cofres públicos, como tributos federais, estaduais e locais.

“Quando as três grandes aéreas embarcaram nesta campanha contra o Open Skies, acabaram chamando nossa atenção já que abordaram que suas respectivas posições eram para proteger os empregos nos Estados Unidos. Pelo contrário. Se violarmos este acordo teremos consequências terríveis em relação aos postos de trabalho atualmente”, disse o CEO da US Travel, Roger Dow.

O estudo também concluiu que as aéreas norte-americanas se beneficiaram com o acordo de Open Skies. Somente em 2014, 56% dos passageiros (620 mil) que desembarcaram de aéreas como Etihad, Emirates e Qatar Airways nos Estados Unidos, utilizaram alguma companhia doméstica para conexões internas, o que gerou US$ 140 milhões em receita para estas empresas.