
A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) emitiu um alerta de segurança para operadores aéreos sobre os riscos do transporte de baterias de lítio em voos comerciais. O documento chama atenção para o perigo de superaquecimento, fenômeno conhecido como thermal runaway, capaz de provocar incêndios a bordo.
Segundo a FAA, já houve diversos incidentes envolvendo baterias de lítio, incluindo power banks e carregadores portáteis, acessórios cada vez mais comuns entre viajantes. Quando guardados em bagageiros ou malas de cabine, esses dispositivos ficam em áreas de difícil monitoramento, o que pode atrasar a resposta da tripulação em caso de fumaça ou aquecimento.
O órgão recomenda revisão de treinamentos, atualização de equipamentos e novas orientações aos passageiros. Entre os pontos destacados está a necessidade de manter baterias sempre em locais visíveis e acessíveis, proteger terminais contra curto-circuito e acionar a tripulação ao primeiro sinal de fumaça.
Outro alerta da FAA diz respeito ao combate ao fogo: extintores de Halon, padrão em aeronaves, não interrompem a reação química da bateria. O método mais eficaz, segundo especialistas, é resfriar o dispositivo com grande volume de água para impedir que outras células continuem liberando energia.
Apesar da preocupação crescente, a agência americana ainda não propôs regras específicas para restringir modelos de power banks ou limitar seu uso. Por ora, a recomendação é que companhias aéreas, tripulações e passageiros adotem medidas preventivas para reduzir riscos em voo.