
Fernando de Noronha voltou a ser palco de um problema estrutural neste domingo (29), quando um Boeing 737 MAX 8 da Gol Linhas Aéreas atolou no pátio do aeroporto local. A aeronave, de matrícula PR-XMQ, realizava os procedimentos de taxiamento antes de decolar rumo a São Paulo, quando afundou parcialmente em uma área do asfalto. Apesar do contratempo, o voo G3 1776 seguiu viagem normalmente após inspeção da equipe de manutenção da companhia.
O episódio ocorre apenas uma semana após uma aeronave da Azul Linhas Aéreas, um Embraer E195-E2, enfrentar situação semelhante no mesmo aeroporto. No dia 22 de outubro, o jato da Azul ficou preso no solo durante o deslocamento para a pista, sinalizando que o problema pode estar ligado à infraestrutura do terminal, que ainda passa por obras de requalificação.
A Dix Aeroportos, concessionária responsável pela gestão do aeroporto, confirmou que o afundamento do Boeing da Gol aconteceu em um trecho distinto daquele onde a aeronave da Azul atolou. Segundo a empresa, o caso evidencia a urgência na conclusão das reformas previstas para o local, que atualmente apresenta trechos inacabados e com baixa resistência para suportar o peso de aeronaves de grande porte.
Em nota, a Dix afirmou ter alertado a Secretaria Estadual de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) sobre os riscos de novas ocorrências, especialmente após o primeiro incidente. Embora reparos emergenciais tenham sido realizados, a estrutura não resistiu à pressão exercida pelo 737 MAX, notoriamente mais pesado que o modelo da Azul.
A situação levanta preocupações sobre a segurança operacional no aeroporto de Fernando de Noronha, importante destino turístico do país. Especialistas do setor aéreo defendem maior celeridade nas obras e revisão dos procedimentos de manutenção do pátio, a fim de evitar novos episódios que comprometam a operação das companhias aéreas e coloquem em risco passageiros e tripulantes.