Azul terá maior operação de uma companhia brasileira: “Não é uma aposta. Eu garanto que vamos vender”, enfatiza Bicudo

Ronaldo Barquette, Vitor Silva, Roberto de Oliveira, Daniel Bicudo, Frederico Antunes no evento da Azul Linhas Aéreas (Beatriz do Vale/M&E)

SÃO PAULO – Na manhã desta sexta-feira (7), no Blue Note, na Avenida Paulista, a Azul Linhas Aéreas reuniu seus executivos, representantes de governos estaduais e internacionais, parceiros e imprensa para anunciar novidades, que inclui a maior operação de uma companhia aérea brasileira para Bariloche na alta temporada de inverno.

“A novidade não é voltar para Bariloche, mas de onde nós vamos decolar para chegar até lá” enfatizou Vitor Silva, gerente geral de malha da Azul.

Serão oito voos frequências semanais, sendo cinco a partir de Campinas, dois de Belo Horizonte e um de Porto Alegre. “Por incrível que pareça, com toda aquela situação que aconteceu no Rio Grande do Sul, a cidade de Canoas foi a terceira maior conexão da Azul para Bariloche ano passado. Isso demonstra o quanto o turismo é aquecido, o quanto o turismo é relevante no estado do Rio Grande do Sul, para o exterior também”, complementou.

Já a outra novidade envolve mais um destino turístico argentino, a cidade de Mendoza, no oeste do país vizinho, que terá rota direta de/para Campinas, com a oferta de mais de 10 mil assentos disponíveis para a Argentina no período.

PARCERIAS

Essa operação se tornou possível graças à parceria da companhia aérea com os governos estaduais e argentino, mas principalmente com à Corporación América Airports, que opera concessões aeroportuárias, incluindo de Bariloche, que é um aeroporto extremamente restrito e concorrido. “Esse ano vamos ter uma operação ainda maior. A ideia da Azul é continuar desenvolvendo isso, é trazer cada vez mais novidades e ampliar as origens dos voos diretos, porque entendemos que isso vai desenvolver ainda mais todas as regiões do país”, disse Vitor Silva.

Argentina

A operação de voos para a Mendoza é importante para, além de fortalecer a parceria com a Argentina, desenvolver esse destino e ampliar ainda mais esse mercado. “Mendoza, inclusive, tem um potencial até de carga. É uma das capitais mundiais do vinho. Então nós temos não só a possibilidade de levar, fazer os pacotes e tudo mais, mas também trabalhar com a Azul cargo e trabalhar com outras possibilidades para criar uma maior conectividade de carga e também de passageiros”, finalizou Vitor Silva.

“São anúncios muito importantes, importantes para o Brasil, importantes para São Paulo, faz muito sentido para nós esse diálogo, melhorar e aumentar essa conectividade com a Argentina, que é um mercado que muito nos interessa. Quero parabenizar a Azul pela iniciativa, pelas entregas, pelo passo importantíssimo que eu tenho certeza que serão de muito sucesso”, pontuou Roberto de Lucena, secretário de Turismo do Estado de São Paulo.

MALHA AÉREA

Na alta temporada de inverno, de 17 de junho a 24 de agosto, serão disponibilizados 10 mil assentos para Mendoza e Bariloche. “Isso é fomento de negócio, isso traz e leva divisa, faz com que o intercâmbio, que hoje já é muito forte entre Brasil e Argentina, se consulide ainda mais”, afirmou Daniel Bicudo, diretor comercial da Azul.

“Para mim não é uma aposta porque eu garanto que vamos vender e fazer com que os voos se perpetuem”, enfatizou Bicudo.

“Quando montamos um voo, não é tão simples como você vê quando aparece para vender. Ou seja, a questão da operacionalização, de espaço, é um trabalho muito coordenado. Mesmo com todas as dificuldades, sempre conseguimos fazer operações muito boas, de alta qualidade, trabalhando em conjunto”, complementou Roberto de Oliveira, chefe do desenvolvimento de negócios da Corporation da América Airports.

Minas Gerais

O setor aéreo é muito sensível à variação de mercado, do dólar e preço do petróleo. A pandemia é um exemplo disso, cujos reflexos são sentidos até hoje. Por isso, o anúncio desta nova rota representa o crescimento para o estado mineiro, conectando os dois países.

“Nós estamos testemunhando aqui mais um passo estratégico para o setor aéreo e para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais, nesse caso, e da Patagônia Argentina”, disse Ronaldo Barquette, diretor de atração de investimento na Invest Minas.

“No desenvolvimento desse voo, sabendo que Minas Gerais, embora passe por situação fiscal complicada, é um estado pujante, tem segurança jurídica, tem previsibilidade e tem demanda, logicamente, que são itens super importantes. Não é à toa que o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, cresceu em número de passageiros, 18% de 2023 para 2024, quando a média do crescimento dos aeroportos do Brasil ficou em torno de 5%. Então, fortalecer a malha aérea de Minas e da Argentina significa ampliar negócios e oportunidades, e impulsionar o crescimento econômico de ambos os lados”, complementou Ronaldo Barquette.

Rio Grande do Sul

O Estado foi alvo de uma das piores situações climáticas do país recentemente. E a Azul Linhas Aéreas esteve presente nesse momento de dificuldade, contribuindo para minimizar os impactos causados pelas chuvas.

“Em nome do governador Eduardo Leite, agradeço por tudo que vocês contribuíram e continuam fazendo como gesto de solidariedade para os gaúchos e gaúchas. E a retomada da vida normal do Rio Grande do Sul, passa, sim, por projetos que a Azul está praticando. Um deles, hoje. De forma inédita, o Rio Grande do Sul vai fazer ligação com Bariloche pela primeira vez. Isso nos proporciona a gerar oportunidades, na atratividade, na geração de empregos e no condicionamento também melhor da arrecadação do nosso estado” pontuou Frederico Antunes, deputado estadual e líder do governo do Rio Grando do Sul.