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Aviação

Boeing e Gol fazem palestra sobre RNP

Capitão Alex Fecteau, da Boeing

Capitão Alex Fecteau, da Boeing


O capitão Alex Fecteau, da Boeing, esteve no primeiro workshop de segurança da Gol e falou um pouco sobre o que é o RNP e seus benefícios para a aviação comercial. RNP (Performance de Navegação Requerida) nada mais é que o método usado para a navegação na fase final de aproximação da aeronave ao solo controlada por GPS. Segundo o capitão, este método é usado em todo o mundo e bastante seguro. “Toda a informação necessária para o voo é colocada no sistema, isso torna o voo mais preciso e eficiente”, disse. De acordo com ele, com a rota codificada no banco de dados, o sistema delimita o percurso avisando ao piloto quando este excede a tolerância da rota. “Acredito que o maior benefício é poder criar rotas flexíveis, lateral e verticalmente”, completou.


Segundo o capitão, antes do RNP os procedimentos de descida da aeronave eram muitos; o uso do RNP possui uma rota estável e tridimensional reduzindo o trabalho dos pilotos e controladores e tornando assim o voo mais eficiente. “Além disso, o voo será mais seguro, mais silencioso, queimará menos combustível e reduzirá atrasos que podem chegar a 35 minutos”, contou. “Tudo isso implica em ganho de custos para a companhia e ainda a orientação por RNP reduz em até cinco vezes os riscos de incidentes”, completou.

Estudos da Alaska Airlines estimam uma economia de 2 milhões de galões de combustível em um ano com o uso do sistema. Outro exemplo de eficiência é da Qantas Airlines, que mostra que de 7 milhões de amostras de pouso com RNP, mais da metade delas foram precisas. No mundo mais de 500 aeroportos já se utilizam desse instrumento. No Brasil, apenas dois: Santos Dumont (RJ) e Joinville (SC). A Gol está no processo de implementação da ferramenta em suas aeronaves. A previsão é que até o final do ano todas elas possuam o RNP. Mas segundo Sérgio Quito, diretor de segurança operacional, a ideia é que todas as companhias tenham o RNP, pois, só assim ele terá 100% de aproveitamento. “Enquanto só a Gol tiver esse sistema, os atrasos continuarão por causa das demais companhias que não possuem o RNP. Nosso aproveitamento será em média de 40%”, declarou.
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