Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Aviação / Turismo em Dados

Brasil perde liderança para o México no transporte de passageiros aéreos na América Latina

Foto Pexels Riccardo Brasil perde liderança para o México no transporte de passageiros aéreos na América Latina

O México transportou 29 milhões de passageiros aéreos de janeiro a março, enquanto o Brasil registrou 27,4 milhões de passageiros, ficando com a segunda posição (Pexels/Riccardo)

O Brasil perdeu liderança para o México no transporte de passageiros aéreos na América Latina. Dados do Relatório de Tráfego da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), referentes a maio, revelam que o país foi superado, pela primeira vez, pelo México no primeiro trimestre de 2023. O México transportou 29 milhões de passageiros aéreos de janeiro a março, enquanto o Brasil registrou 27,4 milhões de passageiros, ficando com a segunda posição.

O números representam uma queda de 10% em relação aos níveis de 2019 para o Brasil, que ainda não conseguiu se recuperar por completo da pandemia. No primeiro trimestre de 2023, o Brasil contabilizou 229.815 voos, o que significa que está 8% abaixo do número registrado em 2019 (247.673 voos). Embora o Brasil tenha tido um número maior de voos no primeiro trimestre de 2023 que o México (cerca de 18.000 a mais), este último cresceu e se encontra apenas 1% abaixo dos níveis de 2019.

Comparativamente, no primeiro trimestre de 2019, o Brasil transportou 30 milhões de pessoas, 23% a mais do que o México, devido ao número significativamente maior de passageiros domésticos. Porém, nos três primeiros meses de 2023, enquanto o México viu um aumento de 23% nos passageiros domésticos, o Brasil registrou apenas 7% de crescimento. Já em relação ao embarque internacional, o México lidera com folga, transportando 14,3 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2023, quase três vezes mais do que o Brasil.

“Por um lado, o México teve uma abertura de fronteiras oportuna, possui uma localização geográfica privilegiada e um forte turismo étnico, além de uma regulamentação relativamente eficiente na solicitação de vistos e um mercado muito dinâmico. Já o Brasil ainda está fortalecendo sua conectividade”, disse o CEO da Alta, José Ricardo Botelho.

ESTRATÉGIAS – Botelho também destaca a necessidade de o Brasil promover uma regulação de vistos inteligente e fortalecer seu órgão de fomento ao turismo internacional, assim como fizeram outros países da região. “Enquanto o México representa 22% dos passageiros internacionais que viajam para a América Latina, o Brasil responde por apenas 9%. A situação mostra a necessidade de estratégias e políticas que estimulem ainda mais o crescimento do setor de aviação no Brasil, que diminuam os custos operacionais, estimule a segurança jurídica e promovam um ambiente favorável ao turismo nacional, mas principalmente ao turismo internacional”.

Receba nossas newsletters