A Transport Canada, agência reguladora de transportes do país norte-americano, afirmou na última quinta-feira (26) que planeja examinar mais detalhadamente a relação entre os reguladores e os fabricantes de aeronaves que eles supervisionam. A mudança nesta análise acontece após a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) aprovar o retorna das operações do Boeing 737 MAX, após os dois acidentes que mataram mais de 300 pessoas.
“Temos que olhar para a interação que diferentes autoridades têm com seus fabricantes”, disse Nicholas Robinson, diretor da aviação civil da Transport Canada, em uma audiência sobre a certificação de aeronaves e o MAX.
A agência já sinalizou que haverá diferenças entre o que a FAA aprovou para o MAX e o que o Canadá exigirá para suas companhias aéreas, principalmente em questões relacionadas a treinamento de pilotos. Até o os acidentes com o MAX, as agências de todo mundo tinham como costume seguir as orientações da FAA na avaliação a aeronaves da Boeing. No entanto, alguns países passaram a adotar as próprias diretrizes após a agência dos EUA ser acusada de negligência.
“É um registro público que as informações não foram divulgadas com relação a aspectos particulares desta aeronave”, disse Robinson. “Isso terá que mudar”, completou.