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Cobrança por bagagem e assento rende quase R$ 2 bi às aéreas em 2024

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Azul Gol e Latam registram recorde histórico em receitas extras no mercado brasileiro (Banco de imagens/Freepik)

As companhias aéreas Azul, Gol e Latam arrecadaram R$ 1,9 bilhão em 2024 com a cobrança por despacho de bagagens e marcação de assentos, segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Do total, R$ 1,1 bilhão veio das tarifas de bagagem e R$ 860 milhões das taxas de assentos, os maiores valores já registrados desde o início da série histórica em 2015.

A prática de cobrar pelo despacho foi autorizada em 2018, quando o segmento registrou salto de receita. Atualmente, todas as empresas adotam a cobrança, mas com modelos distintos: enquanto Gol e Latam exigem pagamento imediato para a escolha do assento, a Azul mantém uma janela de 24 horas gratuita antes do embarque.

O painel da Anac aponta que o primeiro trimestre de 2025 também apresentou recordes. Nesse período, a arrecadação com bagagem chegou a R$ 330 milhões e, com assentos, R$ 242 milhões — os maiores valores para o intervalo desde o início do monitoramento.

Além das tarifas adicionais, as companhias tiveram receita de R$ 1,6 bilhão em 2024 com cobranças ligadas a cancelamentos, remarcações e reembolsos. Apenas com multas por remarcação, o valor somou R$ 858 milhões no ano passado.

No entanto, os gastos com indenizações e assistência a passageiros também cresceram. Segundo a Anac, em 2024 as aéreas desembolsaram R$ 664 milhões em condenações judiciais, além de R$ 638 milhões em assistência direta. As indenizações por atrasos de voos atingiram R$ 44 milhões, enquanto danos a bagagens somaram R$ 13 milhões.

O aumento das receitas acompanha a retomada do setor. Em 2024, o Brasil transportou 118,3 milhões de passageiros, número próximo ao recorde de 2019, quando foram 118,6 milhões. Para a Anac, o crescimento da demanda explica parte da alta, mas os dados revelam também um avanço consistente das receitas acessórias no mercado aéreo nacional.

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