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Aviação

Decidido: obras no Santos Dumont têm início no dia 24 de agosto

Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro

Apenas Embraer E-190, Airbus A318 e Boeing 737-700 poderão atuar na pista auxiliar do SDU durante as obras, o que afetará as operações de Latam e Gol

A Infraero confirmou, em nota divulgada nesta sexta-feira (12), que a pista principal do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, será fechada para obras de manutenção entre os dias 24 de agosto e 21 de setembro. O início dos trabalhos estava previsto para 12 de agosto, mas acabou sendo alterado para que a Infraero pudesse realizar adequações na pista auxiliar, exigência da própria Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Só assim a Anac autorizaria a operação de aeronaves comerciais turbojato no terminal carioca durante o período de fechamento da pista principal. Os ajustes na pista auxiliar já estavam previstos no escopo de trabalho da Infraero, pois possibilitariam a manutenção de operações de aeronaves tipo 3C, tais como Embraer E-190, Airbus A318 e Boeing 737-700. Assim, companhias e aviação executiva poderão operar voos, respeitando restrições de peso e tamanho de aeronaves, e minimizando o impacto para os mais de 770 mil passageiros/mês.

“A decisão de manter as obras entre os meses de agosto e setembro também observa questões meteorológicas. Considerando a baixa incidência de chuvas na capital carioca entre esses meses, a probabilidade de interrupções nas obras da pista também é reduzida. Desde o início do ano, todo o escopo de planejamento da obra tem sido discutido com as companhias aéreas que operam no terminal”, informou a Infraero em nota.

VOOS SERÃO OPERADOS NO RIOGALEÃO

Como divulgado pelo M&E no fim de abril, o Aeroporto Internacional Tom Jobim/RIOgaleão recebera voos do Santos Dumont por conta da manutenção da pista principal. As obras de manutenção só devem afetar as operações da Gol e Latam, que utilizam aeronaves maiores e incapazes de serem operadas na pista auxiliar. Azul deve manter e a Passaredo, por sua vez, já confirmou os voos regulares para o período.

O órgão informa ainda que, para garantir o cumprimento do prazo de 29 dias para a execução dos trabalhos, serão alocadas equipes 24 horas por dia, 7 dias por semana. O fechamento da pista principal para as obras é necessário devido à complexidade da tecnologia aplicada ao pavimento: camada porosa de atrito que não permite emendas e, por isso, inviabiliza a realização dos trabalhos em períodos intercalados. A camada porosa de atrito melhora a performance do pouso e decolagem das aeronaves, como propicia melhor escoamento da água em dias de chuva.

Sobre as adequações e operações na pista auxiliar durante as obras, a Infraero realizou adequações na pista auxiliar para tornar as operações ainda mais seguras, tais como reforma de cabeceira e implantação do sistema indicador de rampa (Precision Approach Path Indicator – PAPI). Por isso, o aeroporto Santos Dumont seguirá aberto à operação, pela pista auxiliar, durante os 29 dias em que a pista principal estiver em manutenção. Sobre manutenção dos níveis de segurança, as obras do Santos Dumont garantirão a continuidade das operações nas mesmas condições de segurança atuais, e de acordo com os requisitos regulatórios demandados pela Anac.

AÉREAS E ABEAR DEVIDAMENTE COMUNICADAS

As companhias aéreas e a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) já foram comunicadas sobre a data de início das obras no aeroporto de Santos Dumont e terão 45 dias para planejar e readequar a malha de voos no terminal. A infraero informa ainda que nformações sobre cancelamento ou transferência de voos para outros terminais devem ser obtidos diretamente com cada companhia aérea.

Em junho, antes da confirmação da nova data, a Abear criticou decisão da Infraero de adiar o início das obras, elencando os pontos contrários à decisão. “Para a aviação comercial brasileira, a decisão unilateral da Infraero de mudar a programação na execução da obra é incorreta e gera incertezas, pois saímos de um cenário planejado para um indefinido, sem a clareza de uma nova data, o que acaba sendo prejudicial para consumidores, cidade e Estado do Rio de Janeiro”, diz a Abear.

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