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Aviação

Diretoria da ANP pode aprovar uso do combustível JET A no Brasil

will recarey salvador aeroporto

O JET A é alguns centavos de dólar mais barato que o querosene de aviação em uso no país (Will Recarey)

Um seminário realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), nessa quarta-fera (28), abordou o futuro dos combustíveis de aviação no Brasil. A utilização do querosene de aviação (QAV) tipo JET A com o objetivo de reduzir custos, a importância da redução de emissões de CO2, por meio do desenvolvimento e produção do bioquerosene renovável, a integração de toda a cadeia da aviação e a adoção de padrões internacionais de qualidade e regulação foram os principais tópicos abordados.

“Com a participação valiosa e importantíssima de todos os segmentos envolvidos, estamos com uma minuta praticamente pronta para ser levada à diretoria da ANP para possível aprovação do uso de JET A (revisão da Resolução 778 da ANP). É uma medida que vem em boa hora na tentativa de se buscar maiores fontes de suprimento, tendo como resultado final uma possível redução de custos do operador aéreo”, afirmou Carlos da Silva, superintendente de biocombustíveis e qualidade de produtos da ANP.

O JET A é alguns centavos de dólar mais barato que o querosene de aviação em uso no país (JET A1), mas que em um eventual consumo em grande escala a economia anual poderia alcançar bilhões de reais.

Abear, Alta e Iata

Pedro Scorza, assessor de Projetos Ambientais da GOL e representante da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iiata) e da Associação Latinoamericana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta) no seminário da ANP, destacou que o QAV sempre teve papel relevante para as empresas aéreas, já que responde por quase 30% dos custos totais.

“Para o nosso futuro, os pilares que indústria vê como relevantes para controlar emissões são: entender a previsão de crescimento do tráfego após a pandemia, já que que antes havia padrão de comportamento e mudaram as referências de crescimento de mercado e desafios para neutralização do aumento de emissões, especialmente no período do CORSIA (do inglês Sistema de Compensação e Redução de Carbono para a Aviação Internacional), entre 2020 e 2035. Desenvolvimento tecnológico com aeronave novas, sendo que as companhias nacionais sempre renovam suas frotas, e combustíveis sustentáveis, fundamentais para a redução de emissões”, afirmou Scorza.

Roberto Honorato, superintendente de Aeronavegabilidade da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ressaltou a importância da interação com a ANP para fortalecer a cadeia dos combustíveis da aviação. “A Anac tem muito interesse em acompanhar o mercado de combustíveis porque o desenvolvimento da aviação é o objetivo da agência. A pauta ambiental também é um item de bastante importância na Anac. Temos visto novas tecnologias, como motorização elétrica e uso do hidrogênio, mas isso leva algum tempo. A Anac está bastante antenada nos objetivos ambientais”, afirmou.

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