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Aviação

Em carta aberta, CEO da Qatar Airways fala sobre impacto geopolítico e resposta emergencial da companhia

GCEO Em carta aberta, CEO da Qatar Airways fala sobre impacto geopolítico e resposta emergencial da companhia

Eng. Badr Mohammed Al-Meer, CEO do Grupo Qatar Airways, assinou a carta aberta endereçada aos passageiros após a interrupção temporária das operações globais da companhia (Divulgação/Qatar Airways)

A Qatar Airways tornou pública nesta terça-feira (25) uma carta aberta assinada por seu CEO, Eng. Badr Mohammed Al-Meer, direcionada aos passageiros afetados por uma crise operacional sem precedentes. A operação global da companhia foi abruptamente interrompida após o fechamento do espaço aéreo do Catar na noite de segunda-feira, 23 de junho, em decorrência de um ataque com mísseis lançado do Irã contra a base aérea de Al Udeid, localizada no país.

Pouco depois das 18h (horário local), a interdição obrigou a suspensão imediata de todos os voos da companhia. Minutos depois, os espaços aéreos de Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Kuwait também foram fechados, agravando a situação. O Aeroporto Internacional de Hamad, um dos maiores e mais conectados hubs do mundo, foi paralisado com cerca de 100 aeronaves da Qatar Airways em rota para Doha, algumas já na aproximação final, e dezenas alinhadas para decolagem.

Segundo a carta, 151 voos foram diretamente impactados, incluindo mais de 90 que precisaram ser desviados às pressas, transportando ao todo cerca de 20 mil passageiros. Desvios foram realizados para aeroportos em Arábia Saudita (25 voos), Turquia (18), Índia (15), Omã (13), Emirados Árabes Unidos (5) e outros hubs na Europa, Ásia e Oriente Médio.

Dentro do terminal, mais de 10 mil passageiros em trânsito foram surpreendidos pelo fechamento, sendo retidos no aeroporto em meio a uma das situações mais críticas já enfrentadas pela aviação comercial. De acordo com o CEO, o cenário exigiu uma resposta imediata em escala global.

“Nosso foco foi claro: cuidar dos passageiros afetados por essa situação inédita e restaurar nossa malha com segurança e agilidade”, declarou Al-Meer. Entre as medidas emergenciais, a companhia ativou seu plano de continuidade de negócios, realocou recursos e mobilizou equipes operacionais e administrativas para lidar com múltiplas frentes: planejamento de rotas, atendimento médico, remarcação de passagens, imigração, hotelaria e transporte terrestre.

Mais de 4.600 passageiros receberam hospedagem em cerca de 3.200 quartos em Doha. Antes mesmo de deixarem o terminal, muitos já estavam com seus cartões de embarque para voos reprogramados. A Qatar também ampliou a capacidade de voos para destinos com maior volume de passageiros deslocados e ativou uma política de remarcação e reembolso sem cobrança de taxas.

Em menos de 18 horas após a liberação do espaço aéreo, as operações foram retomadas gradualmente. No dia 24, a companhia operou 390 voos, e até o fim da manhã do dia 25, todos os passageiros de voos desviados já haviam seguido viagem. Ao longo da terça-feira, mais de 58 mil passageiros embarcaram em Doha.

“Esse nível de resposta só foi possível graças à preparação, comprometimento e resiliência de nossas equipes. O que vimos foi a demonstração do que há de melhor na aviação global e no trabalho em parceria”, afirmou o CEO.

A carta aberta está disponível, na íntegra, no site da Qatar Airways

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