Em reunião com governo, Abear destaca impacto do custo do QAV e produção do SAF

Jurema reforçou a necessidade de uma agenda estruturante com as autoridades em busca de soluções perenes para os impactos do custo do QAV sobre as empresas aéreas (Divulgação)

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) e suas associadas Gol, Latam e Voepass mais a companhia aérea Azul se reuniram nesta terça-feira (4) com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para debater o impacto do combustível no cenário atual do setor aéreo, como o custo do querosene de aviação (QAV) e a necessidade de uma política para produção em larga escala do Combustível de Aviação Sustentável (SAF) no Brasil.

“O ministro Alexandre Silveira se mostrou empenhado na agenda de SAF e na democratização do transporte aéreo no Brasil. Ele é sensível ao nosso pleito e deixou claro que a inclusão de mais pessoas no transporte aéreo é uma agenda do Governo Federal. Acreditamos que essa discussão deve avançar para encontrarmos, juntos, soluções para essa agenda que também é nossa, a de democratizar o transporte aéreo no País”, afirmou Jurema Monteiro presidente da Abear.

Jurema reforçou a necessidade de uma agenda estruturante com as autoridades em busca de soluções perenes para os impactos do custo do QAV sobre as empresas aéreas. Nesse sentido, o setor também está em diálogo com a Petrobras, tendo realizado encontros com as áreas técnicas da empresa sobre a fórmula de precificação e comercialização do produto.

SAF – A Abear tem defendido junto ao Governo Federal o alinhamento do mercado brasileiro de SAF com as regras internacionais. Segundo Jurema Monteiro, o uso de um combustível sustentável representa 65% do conjunto de medidas para zerar as emissões do setor aéreo até 2050. Além disso, a Abear destacou a importância do projeto que vem sendo discutido para regulamentar o mercado de crédito de carbono como forma de neutralizar as emissões do setor.

O ministro Alexandre Silveira sinalizou que o projeto para regulamentação do mercado de carbono deve ser divulgado pelo Governo em breve, e que apoia o setor aéreo em suas agendas de descarbonização. “O setor aéreo pode contar comigo na condução de uma política que incentive a produção em larga escala do combustível de aviação sustentável. Nossa equipe está trabalhando nesse programa e queremos que o Brasil esteja entre os maiores produtores de SAF do mundo”, destacou o ministro.