Embraer prevê tendências de redimensionamento da frota e regionalização até 2030

De acordo com o fabricante, o relatório identifica tendências emergentes que influenciarão no crescimento do setor

O recém-publicado Embraer Market Outlook 2020, que analisa a demanda de passageiros por viagens aéreas e novas entregas de aeronaves para os próximos 10 anos, revelou que a pandemia global de Covid-19 está causando mudanças fundamentais no mercado que redefinirão os padrões de viagens aéreas e a demanda por novas aeronaves.

De acordo com o fabricante, o relatório identifica tendências emergentes que influenciarão no crescimento do setor, fatores que definirão as futuras frotas de companhias aéreas e as regiões do mundo que irão liderar a demanda por aviões comerciais. Entre as quatro principais tendências apontadas pelo estudo, com destaque para o segmento de produtos da própria Embraer – aeronaves de até 150 assentos, são:

• Redimensionamento da frota – uma tendência para aeronaves de menor capacidade, mais versáteis para atender à baixa demanda.
• Regionalização – empresas que buscam proteger suas cadeias de suprimentos contra choques externos realocarão os negócios regionalmente, gerando novos fluxos de tráfego.
• Comportamento do passageiro – preferência por voos de curta distância e descentralização de escritórios de grandes centros urbanos exigirá redes aéreas mais diversificadas.
• Meio ambiente – foco renovado em modelos de aeronaves mais eficientes e sustentáveis.

“O impacto de curto prazo da pandemia global tem implicações de longo prazo na demanda por novas aeronaves”, disse Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial. “Nossa previsão reflete algumas das tendências que já estamos observando – a aposentadoria antecipada de aeronaves mais antigas e menos eficientes, a preferência por aviões menores para atender à demanda mais baixa de forma lucrativa, e a crescente importância das rotas domésticas e regionais para as companhias na restauração do serviço aéreo. Aeronaves com até 150 assentos serão essenciais para a rápida recuperação da nossa indústria”, completou.

Ainda segundo a Embraer, o tráfego global de passageiros retornará aos níveis de 2019 em 2024, ainda ficando 19% abaixo do volume previsto ao longo da década, até 2029. Na Ásia-Pacífico, crescerão mais rápido (3,4% ao ano). Com relação a entrega de novas aeronaves, a Embraer prevê cerca de 4.420 novos jatos de até 150 entregues até 2029, sendo 75% das entregas substituindo aeronaves antigas e 25% representando o crescimento do mercado. A maior parte delas será para companhias aéreas da América do Norte (1.520 unidades), China e Ásia-Pacífico (1.220 unidades).