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Embratur detalha como trabalha para aumentar conectividade aérea de maneira sustentável

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Marcelo Freixo, presidente da Embratur detalhou como o fomento da conectividade aérea se alinha ao debate sustentável (Eric Ribeiro/M&E)

SÃO PAULO – Durante o painel “Oportunidades em conectividade aérea na era do turismo sustentável”, promovido pela EFE Fórum Aviação, nesta quarta-feira (09), na Câmara Espanhola, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, detalhou como tem sido o trabalho da Embratur para captar novas rotas de maneira sustentável.

Marcelo explicou que inteligência de dados e tecnologia tem ditado a estratégia.

“Se a gente tiver voo, nós temos mais turismo internacional. Então, essa engenharia de trazer novos voos no Brasil, entendendo que nós temos uma limitação geográfica, evidente, é algo que interessa aos aeroportos, interessa as companhias aéreas, interessa o Brasil. Então, como é que a gente pode operar junto nisso? Nós desenvolvemos o setor de inteligência de dados, o que tem sido muito importante. A gente consegue dialogar com as companhias aéreas e com os aeroportos sobre qual o voo tem mais sucesso, qual conexão que é possível. A gente tem uma inteligência de dados que a gente sabe perfeitamente qual o perfil do turista, qual o perfil do local, o que caracteriza aquele destino”, afirmou Freixo.

“A gente não pode trazer um voo apenas pelo desejo”

“Com isso, a gente tem todos os dados hoje organizados na Embratur, que podem ser utilizados como uma ferramenta de política pública, que não é para a gente, é para todos do setor. Isso tem sido muito importante na hora de trazer novos voos para cá e fazer com que esses voos sejam bem sucedidos. A gente não pode trazer um voo apenas pelo desejo”, completou.

Rotas inteligentes e eficientes se alinham ao debate sustentável

“Temos a nossa responsabilidade de fazer que o turismo seja um elemento que não tem o meio ambiente como inimigo”

Freixo explicou ainda que garantir o sucesso de um voo tem que ser uma prioridade. É necessário que a rota tenha sustentabilidade. “Temos uma responsabilidade muito grande quando trazemos uma nova rota. Esse voo precisa ter gente, esse voo precisa ter frequência, esse voo precisa ter regularidade, e isso tem acontecido, então acho que tem um lugar aí de um trabalho técnico, da Embratur, junto ao trade, com os parceiros, que é muito importante. Em relação a questão da sustentabilidade, como eu disse, o turismo no mundo hoje é 10% do PIB mundial e é responsável por 5% da produção de gases de efeito estufa, existem outras economias que têm maior responsabilidade nisso do que as companhias aéreas, mas nós temos a nossa responsabilidade de fazer que o turismo seja um elemento que não tem o meio ambiente como inimigo”, defendeu.

“Acho que esse é um debate importante do século XXI, o meio ambiente não é inimigo de nenhuma economia, de nenhuma empresa, nenhuma atividade econômica, o meio ambiente é nosso abrigo e a gente precisa operar o meio ambiente como aliado fundamental para qualquer economia que vá pensar no século XXI. No debate da sustentabilidade, ele é um debate de eficiência, é isso que a gente precisa trazer: conexões mais inteligentes, conexões mais eficazes, é um caminho para se pensar em aeroporto, companhia aérea e política pública, mas também outras questões tecnológicas de combustível”, complementou.

Investimento no SAF é um caminho

O presidente da Embratur ainda ressaltou a grande oportunidade que o Brasil tem com o SAF.

“O Brasil hoje tem um enorme potencial de produção do SAF. A Petrobras hoje tem pelo menos duas refinarias, em Cubatão e Itaburaí, que são destinados e estão pesquisando e avançando bastante na produção do SAF. A gente tem um acesso à matéria-prima, que é muito rica e muito valiosa para a gente. Sabemos que essa é um debate mundial muito delicado, muito sensível. Como representante do governo brasileiro, não posso deixar de dizer que o Brasil tem uma enorme potência nesse debate sobre o combustível, que é decisivo, para que a gente possa continuar avançando no termo de responsabilidade. Esse não é um debate novo, isso tem pelo menos 50 anos e o Brasil quer ser pioneiro e protagonista neste debate”, finalizou.