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Encontro de Líderes: secretários revelam entraves para desenvolver Turismo

Arialdo Pinho, secretário de Turismo do Ceará, e Vinicius Lummertz, secretário de Turismo de São Paulo

Arialdo Pinho, secretário de Turismo do Ceará, e Vinicius Lummertz, secretário de Turismo de São Paulo (Eric Ribeiro/M&E)

FOZ DO IGUAÇU – O terceiro painel do 1° Encontro de Líderes, que reúne empresários, investidores e o trade turístico no Wish Resort Golf Convention Foz do Iguaçu, até esta sexta-feira (17), debateu a “Conectividade e o Impacto no Desenvolvimento Econômico do Turismo”. Vinicius Lummertz, secretário de Turismo de São Paulo, e Arialdo Pinho, secretário de Turismo do Ceará, foram os responsáveis pela realização do painel.

Com a palavra, Vinicius Lummertz, que logo elogiou a escolha do tema do Encontro de Líderes, mas foi enfático ao destacar que o Brasil poupa pouco, apenas 13,5% do PIB e, por outro lado, precisa de investimentos. “O Governo Federal, por exemplo, investe apenas 1% do PIB, e nós, por outro lado, temos que captar poupanças porque os governos federais e estaduais ainda hoje têm poucos recursos”, destacou Lummertz. “E as reformas são necessárias por conta do aumento de nosso endividamento interno, além dos investimentos privados e externos para justamente contrabalancear a falta de recursos. Se não houver investimento, não haverá crescimento”.

Vinicius Lummertz, secretário de Turismo de São Paulo

Vinicius Lummertz, secretário de Turismo de São Paulo (Eric Ribeiro/M&E)

O secretário de Turismo de São Paulo afirmou ainda que queremos viver no Brasil os padrões de abundância praticados nas nações desenvolvidas. “O problema é que produzimos apenas 1/5 do PIB per capita destes países. Apesar disso, algumas missões estão sendo realizadas, como a desburocratização do setor para facilitar investimentos. O Turismo cresceu muito mais do que a inflação no Brasil, é um setor que cresce historicamente, a conectividade mudou e transformou a cesta de consumo do brasileiro. O viajar era algo para poucos e hoje é uma possibilidade de muitos. Caiu o consumo de bens materiais e subiu o de experiências”, revela Lummertz.

Vinicius ainda abordou a importância da conectividade aérea, que levou 401 novas frequências semanais à São Paulo, o que representa 81% das novas operações semanais anunciadas em todo o Brasil. “Para São Paulo é bom para o turismo de negócios e para os destinos que se conectam, é bom para o mercado de lazer. Aeronaves cheias é bom para todo mundo e, com a abertura do capital estrangeiro às aéreas, fica melhor ainda. Precisamos abrir o mercado, gerar empregos e, consequentemente, incrementar o salário dos brasileiros”, frisou o secretário.

“Temos mais de R$ 1 bilhão de investimento para chegar ao Ceará em novos hotéis, mas estamos há quatro anos em buscas das licenças necessárias”

O secretário de Turismo do Ceará, Arialdo Pinho, aproveitou a oportunidade para fazer um balanço de seu trabalho na pasta desde 2015. O executivo revelou as dificuldades que o Governo do Estado tem para buscar investimentos justamente por conta da burocracia nacional. “Temos mais de R$ 1 bilhão de investimentos para chegar ao Ceará em novos hotéis, mas estamos há quatro anos em buscas das licenças necessárias. Se eu tivesse possibilidade de colocar mais 10 mil quartos no Ceará, tenho certeza de que teria procura, além de demandar 1/3 da mão de obra daqueles que estão desempregados no Estado”, destacou o secretário.

Arialdo Pinho, secretário de Turismo do Ceará

Arialdo Pinho, secretário de Turismo do Ceará (Eric Ribeiro/M&E)

Arialdo Pinho voltou a criticar a burocracia brasileira. “Queremos fazer saneamento em 21 cidades no Ceará, mas esbarramos até hoje nas licenças de diversos órgãos ambientais”, lamentou o secretário que, à frente da secretaria de Turismo, transformou o setor desde 2015. “Para começar, inventamos uma marca. Hoje o ‘Descubra o Ceará’ é copiado por todos os cantos. Promovemos e divulgamos o Ceará em 23 feiras internacionais e 12 no Brasil, além de termos uma ação direta na internet”, frisou o secretário de Turismo do Ceará.

“Em um ano de hub, por exemplo, já tivemos um crescimento de 20% no número de passageiros e mais de R$ 1 bilhão em receita direta”

O executivo ainda agradeceu a Latam por ter preparado o Ceará para receber o hub do Nordeste, embora tenha sido a Air France-KLM e Gol as responsáveis pela implementação do hub. “Vimos as necessidades do que uma empresa aérea precisava para implementar o hub em conjunto com a Fraport, concessionária do Aeroporto de Fortaleza. Nossa expectativa é chegar a 20 milhões de passageiros em dez anos. Em um ano de hub, por exemplo, já tivemos um crescimento de 20% no número de passageiros e mais de R$ 1 bilhão em receita direta”, finalizou.

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