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Aviação / Encontro de Lideres / Política

Encontro de Líderes: as diretrizes para o desenvolvimento do Brasil através do Turismo

Carlos Prado, da Secretaria de Aviação Civil, Fabio Pina, subsecretário de Desenvolvimento de Comércio e Serviços do Ministério da Economia, e Aluizer Malab, secretário do MTur

Carlos Prado, da Secretaria de Aviação Civil, Fabio Pina, subsecretário de Desenvolvimento de Comércio e Serviços do Ministério da Economia, e Aluizer Malab, secretário do MTur (Eric Ribeiro/M&E)

FOZ DO IGUAÇU – Está oficialmente aberto o 1° Encontro de Líderes, evento que reúne investidores, entidades, empresários e o trade turístico nacional para promover a inserção do Turismo na pauta econômica do Brasil. Um dia inteiro de painéis, debates, palestras e networking sobre o desenvolvimento do setor que impacta, de acordo com próprio ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, mais de 50 segmentos da economia.

Após o ilustre jantar de abertura, o painel que abre a programação oficial do evento, nesta quinta-feira (16), é um debate sobre “Diretrizes, Planos e Estratégias para o Desenvolvimento do Brasil através do Turismo”, que conta com Aluizer Malab, secretário Nacional de Desenvolvimento e Competitividade do MTur, Carlos Eduardo Prado, chefe de Gabinete da Secretaria de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, secretário Nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura, e Fabio Pina, subsecretário de Desenvolvimento de Comércio e Serviços do Ministério da Economia.

POR QUE INVESTIR NO TURISMO?

Para começar, o secretário Nacional de Desenvolvimento e Competitividade do MTur, Aluizer Malab, questionou os convidados o porquê investir no Turismo. O executivo mesmo respondeu. “Os dados divulgados mostram que, em março, o setor de serviços teve um decréscimo de 0,7%, enquanto o Turismo cresceu 4,8%. O Brasil tem duas vezes mais potencial de Turismo do que a maioria dos países, o primeiro no mundo em atrativos naturais, o oitavo em recursos naturais, além de ter hoje um governo liberal amplamente amigável ao setor”, revelou Aluizer.

Aluizer Malab, secretário Nacional de Desenvolvimento e Competitividade do MTur

Aluizer Malab, secretário Nacional de Desenvolvimento e Competitividade do MTur (Eric Ribeiro/M&E)

A expectativa do MTur é gerar dois novos milhões de empregos, inserir 40 milhões de brasileiros no mercado de viagens e passar de 6,6 para 12 milhões de estrangeiros ao ano. Mas como atingir estas metas? “Mantendo o Turismo na pauta estratégica do Governo. Já conseguimos chegar nesta posição de destaque, mas agora é a hora de crescer ainda mais dentro de nossos interesses. A isenção de vistos foi uma grande conquista logo neste início de ano, o que faz parte das metas, e atingí-las depende de muito empenho e comprometimento do setor privado e público”, completou o secretário do MTur.

O ENTULHO DE LEGISLAÇÃO DO BRASIL E SEUS DESAFIOS

Já o subsecretário de Desenvolvimento de Comércio e Serviços do Ministério da Economia, Fábio Pina, afirmou que o objetivo da pasta hoje é acabar com o “antigo entulho de legislação” que faz o Brasil não funcionar como deveria. “Como desenvolvemos o Brasil? Não vou ficar falando do problema fiscal, da reforma da previdência, porque todos estão convencidos disso. Estamos no Ministério da Economia para destravar o setor, embora estejamos dependendo destas reformas importantes. Queremos acabar com o antigo entulho de legislação que faz o Brasil não funcionar. Feito isto, temos a capacidade de crescimento e assim chegar ao ponto do Turismo”, frisou.

“O que mais deixa o brasileiro decepcionado é ver um potencial tão grande para o Turismo e não conseguir aproveitá-lo”

Fábio Pina está certo de que o setor turístico é um dos que mais crescem no mundo. “Houve, durante muitos anos, a ideia de que setores como a indústria seriam o grande impulso da economia, mas isto mudou por conta de uma mudança de estrutura do desenvolvimento da economia. Turismo é um dos setores que mais vai crescer no mundo, isto é fato. Mas o que mais deixa o brasileiro decepcionado é ver um potencial tão grande para o Turismo e não conseguir aproveitá-lo. Crescemos pouco porque o Brasil nunca teve uma política definida”, completou o secretário.

Fabio Pina, subsecretário de Desenvolvimento de Comércio e Serviços do Ministério da Economia.

Fabio Pina, subsecretário de Desenvolvimento de Comércio e Serviços do Ministério da Economia (Eric Ribeiro/M&E)

O executivo sabe também que o Turismo é vital para fazer a economia voltar a crescer. “É claro que o Brasil tem problemas, como o geográfico, por ser relativamente longe dos EUA, Europa e Ásia, os maiores emissores. O País também enfrenta problemas de segurança, o que não é nada bom para o Turismo. Por outro lado, temos vantagens, como 9 mil quilômetros de praias, um Pantanal, e tudo isto já sabemos. Então, por que não potencializarmos? O desenvolvimento econômico hoje deixa a desejar, a infraestrutura está deteriorada, pontos que temos que resolver antes de potencializar o crescimento do setor”, finalizou.

O POTENCIAL DO BRASIL E AS ESTRATÉGIAS DA AVIAÇÃO

Ronei Glanzmann, secretário Nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura, revelou que o Brasil tem trabalhado muito para atrair novas companhias aéreas, principalmente de baixo custo, para que o setor possa ser desenvolvido, já que a aviação civil está totalmente relacionada ao setor. “Vivemos uma fase complicada pela saída da Avianca Brasil do mercado, mas, por outro lado, percebemos que o Brasil voltou a crescer no transporte aéreo. Em 2018, houve um crescimento de 4,3% em demanda e 4,4% em oferta no mercado nacional, enquanto o mercado internacional registrou aumentos de 16,2% de demanda e 18,1% em oferta”, frisou Glanzmann.

“O potencial do Brasil ainda esbarra nos problemas infraestruturais e burocráticos”

O potencial do Brasil ainda esbarra nos problemas infraestruturais e burocráticos. Enquanto a viagem per capita no Brasil chegou a 0,46 em 2017, nos Estados Unidos, mercado referência em termos de aviação, este número chega a 2,6. A média dos países da OCDE é de 1,71. “E o Brasil tem um enorme potencial de crescimento, porque podemos rapidamente dobrar a movimentação de passageiros no médio prazo. Hoje processamos 110 milhões de passageiros por ano e entendemos que podemos chegar rapidamente a 200 milhões de viagens e, assim, dobrar o número de passageiros transportados no Brasil”, destacou o secretário.

Ronei Glanzmann, secretário Nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura, participou via Skype

Ronei Glanzmann, secretário Nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura, participou via Skype (Eric Ribeiro/M&E)

Entre os entraves do setor está uma alta tarifa média no Brasil (R$ 350), a falta de empresas aéreas, o número de cidades não atendidas, a elevação dos preços com uma menor oferta, o alto custo Brasil e a necessidade de desregulamentar o setor dos serviços aéreos. No entanto, Ronei Glanzmann  revelou o que a pasta de Infraestrutura está fazendo para mudar este panorama.

“Pelo lado dos aeroportos, temos feito o programa de concessões com bastante competência e o investimento em aeroportos regionais, e com relação às companhias aéreas, trabalhamos para o fim das restrições para investimento de capital estrangeiro, deixar o mercado livre para receber novas companhias, reduzir os tributos do combustível da aviação e trabalhar fortemente na desregulamentação dos serviços aéreos, o que possibilita o aumento de passageiros que utilizam este modal”, destacou o secretário Ronei Glanzmann.barra_patrocinio_nova

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