O transporte inadequado de medicamentos termolábeis, como insulina, Ozempic e Mounjaro, pode comprometer sua eficácia, segundo a farmacêutica Liana Montemor, do Grupo Polar. Com as férias de julho de 2025 marcadas por temperaturas extremas — de −8,2 °C em Urupema (SC) a 46 °C na Espanha —, o alerta se intensifica para brasileiros em deslocamentos nacionais e internacionais.
Fármacos sensíveis à temperatura devem ser mantidos entre 2 °C e 8 °C durante todo o trajeto, exigindo o uso de bolsas térmicas ou caixas específicas, conforme orientação dos fabricantes. “Esses medicamentos não devem ser congelados nem expostos a calor excessivo. O transporte incorreto compromete o funcionamento e oferece riscos ao paciente”, afirma Liana Montemor.
Segundo ela, o gelo usado nas bolsas não deve ser comum nem seco, pois pode gerar temperaturas negativas. A recomendação é utilizar gelo artificial espuma, indicado para produtos da chamada cadeia fria. “As embalagens devem ser qualificadas por um profissional antes do uso”, pontua. Em viagens aéreas, os frascos não devem ser despachados, pois a área de cargas pode atingir temperaturas que congelam o conteúdo.
Para atender à demanda por praticidade, há opções no mercado com design adaptado para a rotina. Bolsas de ombro com compartimentos específicos para gelo espuma e itens médicos oferecem até 10 horas de conservação. “Além da função térmica, esses modelos passam por testes em câmaras climáticas e incorporam materiais que asseguram estabilidade térmica”, explica a farmacêutica.
As soluções são voltadas para pacientes com diabetes ou que fazem uso de medicamentos para controle de peso. O foco é garantir o transporte seguro, mesmo em deslocamentos prolongados, respeitando as faixas de temperatura que mantêm a integridade dos produtos.
