EUA exigirão porta de cockpit secundária a bordo de todas as novas aeronaves comerciais

A segunda porta permitirá que um piloto feche a porta da cabine antes de abrir a porta da cabine do avião, evitando assim que um sequestrador invada a cabine quando um piloto sair para usar o banheiro (Divulgação)

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) vai exigir que todas as novas aeronaves operadas pelas companhias aéreas comerciais dos EUA tenham uma porta de cockpit secundária. A regra, que estará em vigor para todos os aviões fabricados para qualquer companhia aérea do país dentro de dois anos a partir de sua próxima publicação no Federal Register, tende a incrementar ainda mais a segurança a bordo.

A segunda porta permitirá que um piloto feche a porta da cabine antes de abrir a porta da cabine do avião, evitando assim que um sequestrador invada a cabine quando um piloto sair para usar o banheiro. O regulamento tem sido uma prioridade para a Air Line Pilots Association (Alpa) desde o 11 de setembro. A FAA estima que o cumprimento da regra custará até US$ 296,5 milhões nos próximos 25 anos e até US$ 505 milhões nos próximos 50 anos.

A regra complementa outras medidas já impostas pela indústria de aviação comercial, como, por exemplo, a porta atual do cockpit ser totalmente blindada, os carrinhos de bebidas ou comidas atravessados no corredor durante entrada ou saída de piloto ou co-piloto do cockpit, justamente para barrar qualquer movimentação suspeita, e a regra para que piloto ou o co-piloto nunca fiquem sozinhos dentro da cabine de comando.

A Alpa emitiu um comunicado elogiando a definição da regra, mas pedindo esforços redobrados para atender aos requisitos de portas secundárias do cockpit para os aviões já existentes também. “Garantir que nenhum terrorista – doméstico ou internacional – viole outra porta da cabine de comando de outra aeronave deve ser uma das maiores prioridades de segurança desta nação”, disse o presidente da Alpa, Jason Ambrosi.