
A Boeing estima que a frota de cargueiros na América Latina crescerá 47% nos próximos 20 anos, passando de 150 aeronaves em 2023 para 220 até 2043. Para atender a essa demanda, a fabricante prevê a entrega de 160 novos aviões, incluindo modelos novos e convertidos.
Do total, cerca de 60% serão utilizados para substituir aeronaves mais antigas, priorizando eficiência operacional e consumo reduzido de combustível. A projeção foi apresentada durante um evento do setor de transporte de carga aérea, realizado em São Paulo.
O mercado de carga aérea na região deve crescer a uma taxa anual próxima de 3%, impulsionado pelo comércio eletrônico, expansão dos acordos comerciais internacionais e aumento da demanda por bens de consumo, especialmente em economias emergentes.
“O mercado de carga aérea da América Latina está bem posicionado para o crescimento”, afirmou Calvin Jin, diretor regional de análise de mercado da Boeing Commercial Airplanes. Ele destacou que a exportação de produtos perecíveis tem crescido e que o transporte aéreo continuará sendo essencial para esse segmento.
O setor é estratégico para o comércio global, transportando produtos perecíveis, de alto valor ou com prazos reduzidos de entrega. Esses itens representam cerca de 35% do comércio mundial em valor. A Boeing prevê que rotas entre a América Latina e a América do Norte serão favorecidas pelo crescimento do comércio eletrônico e da demanda por bens de consumo. Modelos como o 737-800 Boeing Converted Freighter (BCF) e o 767-300BCF estão entre os indicados para atender a essa necessidade.
Os dados fazem parte da Previsão de Transporte Aéreo de Carga Global de 2024 (WACF, na sigla em inglês), um estudo de longo prazo sobre a indústria. O relatório completo está disponível em www.boeing.com/wacf.