Governo federal e Conselho de Aeroportos debatem aviação regional e descarbonização

Juliano Noman, Marcio França, Rafael Echevarne e Ary Bertolino (Divulgação)

O diretor-geral do Conselho Internacional de Aeroportos para a América Latina e Caribe (ACI-LAC), Rafael Echevarne, e o diretor de Relações com a Indústria Aeroportuária para América do Sul de ACI-LAC, Ary Bertolino, visitaram o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, em Brasília, e o secretário de Aviação Civil, Juliano Noman. Na pauta, temas como descarbonização do setor aéreo e o desenvolvimento da aviação regional no Brasil.

O ministro ressaltou a importância da aviação regional para o desenvolvimento do país e defendeu a construção de aeroportos ou a adaptação de infraestruturas já existentes em vez da construção de estradas como forma de gerar menos impacto oriundo da emissão de carbono.

Segundo França, sobretudo na Amazônia, vale mais ter aeroportos que atendam a população do que novas estradas que, além de terem alto custo de manutenção e serem responsáveis por maior emissão de CO2, indiretamente, contribuem para o aumento do desmatamento e o crescimento desordenado nas regiões onde são implantadas. Márcio França ressaltou que o governo pretende investir na construção ou adaptação da infraestrutura de 99 aeroportos nos próximos anos.

“A partir da experiência global de ACI no desenvolvimento de aeroportos nos cinco continentes, estamos certos de que podemos contribuir com estudos qualificados e treinamentos que dêem suporte aos projetos do governo brasileiro para a aviação no país, em especial para a aviação regional. Na região da América Latina e Caribe há diversas experiências neste segmento da aviação que podem ser compartilhadas para contribuir para o avanço do setor no Brasil”, afirmou Rafael Echevarne, diretor-geral de ACI-LAC.

Na ocasião, Rafael Echevarne apresentou ao ministro Márcio França o programa de ACI Airport Carbon Accreditation (ACA), único programa global de certificação para gerenciamento de carbono para aeroportos e colocou a experiência de ACI à disposição do governo brasileiro na construção de uma indústria da aviação em contínuo processo de desenvolvimento sustentável.