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Aviação / Política / Turismo em Dados

Iata apela para que governos criem medidas a fim de evitar demissões em massa

Investimento com TI nos aeroportos pode chegar a US$ 10 bilhões em 2018

A receita total da indústria em 2021 deve cair 46% em relação aos US$ 838 bilhões de receita em 2019

De acordo com análise da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), divulgada nesta quarta-feira (28), “o setor aéreo não pode cortar custos o suficiente para neutralizar o uso de caixa para evitar falências e preservar empregos em 2021”. Sendo assim, a Iata reforçou seu apelo aos governos pedindo medidas de alívio financeiro para que as companhias aéreas evitem demissões em massa, bem como a realização de testes de Covid-19 antes do embarque para que as fronteiras sejam abertas, permitindo assim as viagens sem quarentena.

Ainda segundo a Iata, a receita total da indústria em 2021 deve cair 46% em relação aos US$ 838 bilhões de receita em 2019. “A análise anterior sugeria queda na receita de aproximadamente 29% em 2021 em relação a 2019, com base nas expectativas de uma recuperação da demanda a partir do quarto trimestre de 2020”, informou a associação.

A recuperação não ocorreu devido aos novos surtos de Covid-19 e restrições de viagens impostas pelos governos, incluindo o fechamento de fronteiras e medidas de quarentena. Segundo estimativas da Iata, o tráfego do ano todo de 2020 deve cair 66% em relação a 2019, com queda de 68% na demanda de dezembro.

“O quarto trimestre de 2020 será extremamente difícil, com poucos indícios de melhoria significativa no primeiro semestre de 2021 enquanto as fronteiras continuarem fechadas e/ou medidas de quarentena na chegada ao destino permanecerem em vigor. Sem alívio financeiro adicional do governo, as companhias aéreas de médio porte têm apenas 8,5 meses de caixa restante, considerando o uso rápido de suas reservas. Além disso, não podemos cortar custos com a rapidez suficiente para recuperar as receitas”, disse Alexandre de Juniac, CEO da Iata.

Sem alívio financeiro adicional do governo, as companhias aéreas de médio porte têm apenas 8,5 meses de caixa restante, considerando o uso rápido de suas reservas

De acordo com a Iata, embora as companhias aéreas tenham tomado medidas drásticas para reduzir custos, cerca de 50% dos seus custos são fixos ou quase fixos, pelo menos no curto prazo. “Com isso, os custos não caíram tão rápido quanto as receitas. Por exemplo, a redução dos custos operacionais no segundo trimestre foi de 48% em comparação com o ano passado; já a redução das receitas operacionais foi de 73%”.

Além disso, também de acordo com a associação internacional, “como as companhias aéreas reduziram a capacidade em resposta ao colapso na demanda de viagens, os custos unitários, pois existem menos assentos disponíveis por quilômetro para “diluir” os custos. Os resultados preliminares do terceiro trimestre mostram que os custos unitários aumentaram cerca de 40% em comparação com o mesmo período do ano passado”.

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