De acordo com o jornal Folha de São Paulo, comunicado emitido ontem (07/12) pela Iata (Associação Internacional do Transporte Aéreo) cita o Brasil como “exemplo do que pode dar errado” pelo plano de privatizar aeroportos e incluir a Infraero como sócia. “É como colocar a raposa cuidando do galinheiro”, diz o presidente da entidade, Tony Tyler.
A Iata poderia ter uma perda global em 2012 que chegaria a US$ 8,3 bilhões (R$ 14,9 bilhões). Por isso, cortou suas projeções para 2012 e revisou as deste ano, indicando pior performance na Europa ante a crise e, na América Latina, citando os gargalos no Brasil.
No cenário mais positivo para 2012, a Iata espera lucrar US$ 3,5 bilhões correspondente a metade do ganho neste ano e 27% menos que o previsto. No pior cenário, que leva em consideração uma crise do sistema bancário e um avanço do PIB global de mero 0,8%, haveria prejuízo de US$ 8,3 bilhões.
A América Latina, neste ano, foi a mais punida em termos percentuais e teve a expectativa de lucro cortada para US$ 200 milhões –um terço do previsto antes. Na Europa, o ganho esperado agora é de US$ 1 bilhão, 29% menor. Na América do Norte e a Ásia-Pacífico a projeção melhorou –a primeira para US$ 2 bilhões e a última, com a expansão do mercado chinês, para US$ 3,3 bilhões.
Em 2012, a América Latina deve lucrar US$ 100 milhões no melhor cenário e perder US$ 400 milhões no pior. A Europa ficará no vermelho US$ 600 milhões, na projeção otimista, e US$ 4,4 bilhões na pessimista, que ainda vê prejuízo na América do Norte (US$ 1,8 bilhão) e na Ásia (US$ 1,1 bilhão).