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Aviação

IATA destaca papel do transporte aéreo de carga na resiliência da cadeia de suprimentos

Avião (Pixabay/Anestiev)

A entidade pediu ao setor e aos governos que priorizem segurança, digitalização e sustentabilidade (Pixabay/Anestiev)

A Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA) afirmou nesta terça-feira (15), durante o 18º Simpósio Mundial de Carga, em Dubai, que o transporte aéreo de carga é essencial para a resiliência da cadeia de suprimentos global. A entidade pediu ao setor e aos governos que priorizem segurança, digitalização e sustentabilidade para atender às expectativas dos clientes.

“Seja apoiando o comércio global, viabilizando o comércio eletrônico ou fornecendo ajuda humanitária fundamental, o valor do transporte aéreo de carga nunca foi tão claro”, disse Brendan Sullivan, diretor global de carga da IATA.

Na área de segurança, a associação enfatizou a urgência de coibir o transporte irregular de baterias de lítio. O aumento da demanda por esse item elevou o risco de envio de cargas não declaradas. A IATA apoia o fortalecimento do Anexo 18 da Convenção de Chicago e cobrou fiscalização mais rígida dos governos. “Os governos devem acompanhar o setor com supervisão e fiscalização robustas”, afirmou Sullivan.

A entidade também alertou para a necessidade de medidas coordenadas de proteção. Segundo Sullivan, ações fragmentadas adotadas por diferentes países diante de incidentes com dispositivos incendiários escondidos em cargas têm prejudicado a eficácia das respostas. Ele defendeu a adoção de soluções harmonizadas com base em padrões globais e o cumprimento do Anexo 17, que trata do compartilhamento de informações sobre ameaças.

No campo da digitalização, a IATA destacou o ONE Record como padrão global para troca de dados digitais entre todos os agentes da cadeia logística. A meta é tornar o sistema obrigatório até janeiro de 2026. Atualmente, 72% do volume mundial de conhecimento de embarque aéreo já está sendo implementado por companhias aéreas. “Para atingir o setor todo, a implementação deve ser acelerada por todos que operam no setor”, disse Sullivan.

A sustentabilidade também foi tema central do simpósio. A IATA apontou avanços na redução de plásticos de uso único e na incorporação de práticas circulares, mas chamou atenção para o ritmo lento da adoção do combustível de aviação sustentável (SAF). A entidade pediu que os governos criem políticas para aumentar a produção e reduzir os custos do SAF, além de criticar o recuo de fabricantes e a ausência de incentivos políticos.

“Os principais produtores de combustível têm avançado pouco ou nada. Os governos não forneceram o apoio necessário, embora tenham experiência na expansão de energias renováveis. As empresas aéreas estão comprometidas, mas não podem fazer isso sozinhas”, afirmou.

Diante do cenário de tensões comerciais internacionais, a IATA defendeu que o transporte aéreo de carga é peça-chave para garantir o fluxo de mercadorias e evitar impactos negativos em empresas, consumidores e economias. “O comércio impulsiona a prosperidade. Seja qual for a resolução das tensões comerciais, o transporte aéreo estará lá para entregar o que as pessoas precisam”, concluiu Sullivan.

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