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Aviação

Iata: recuperação do tráfego aéreo pré-pandemia será só em 2024

Mesmo em ritmo menor, aviação comercial segue crescendo no Brasil

Nova previsão atrasa em um ano a recuperação aos níveis pré-pandemia

A retomada do tráfego aéreo global aos níveis pré-pandemia deve acontecer somente em 2024, de acordo com a nova projeção da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata). A nova previsão aumenta em um ano a estimativa anterior da entidade, que previa a recuperação do setor até 2023.

Um dos fatores que levaram a esta revisão são os fracos resultados do mês de julho, no qual se reiniciou o processo de abertura em diversos países, mas com níveis de demanda abaixo do esperado. Em sua nova previsão, a Iata espera fechar o ano com uma queda de 55% na demanda em relação a 2019, contra 46% da previsão anterior. Para 2021, a entidade prevê uma demanda 30% abaixo do período pré-pandemia.

“O tráfego de passageiros atingiu o fundo do poço em abril, mas a força da recuperação foi muito fraca. Que melhoria que vimos tem sido o voo doméstico. Os mercados internacionais continuam em grande parte fechados. A confiança do consumidor está deprimida e não é ajudada pela decisão do fim de semana do Reino Unido de impor uma quarentena geral a todos os viajantes que retornam da Espanha. E em muitas partes do mundo as infecções ainda estão aumentando. Tudo isso indica um período de recuperação mais longo e mais sofrimento para a indústria e a economia global ”, disse Alexandre de Juniac,  CEO da Iata.

Este panorama pessimista levará as empresas a aumentar os níveis do transporte de carga para ques os voos se tornem rentáveis, de acordo com análise do economista-chefe da Iata, Brian Pearce. Pearce aponta as dificuldades de contenção da pandemia nos Estados Unidos e na América Latina como extremamente prejudicial, principalmente para o segmento de viagens corporativas, considerado vital para a aviação comercial.

O economista aponta que as viagens de negócios podem enfrentar um declínio sustentado, ameaçando a lucratividade das companhias aéreas e das rotas de longa distância, pois os passageiros reduzem suas despesas e fazem maior uso da videoconferência, que se tornou comum durante confinamento.

“Resta saber se recuperaremos o volume de viagens de negócios antes da crise. Tememos que não seja assim”, afirma. Pearce. Nesse contexto, as companhias aéreas de longo curso podem depender mais de carga do que passageiros para manter a viabilidade de algumas rotas devido à menor demanda de negócios, aponta o economista.

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