
Duas gigantes da aviação americana acabam de anunciar um movimento que pode redesenhar o mapa aéreo dos Estados Unidos. United Airlines e JetBlue Airways vão unir forças em uma parceria estratégica que promete ampliar benefícios aos passageiros e reposicionar as empresas em mercados-chave como Nova York e Boston.
O acordo, revelado nesta quinta-feira (29) em comunicado conjunto, aproxima os programas de fidelidade das duas companhias. Na prática, isso significa que clientes de ambas poderão acumular e usar milhas em voos operados por qualquer uma das empresas.
Além disso, a JetBlue vai ceder à United slots no movimentado aeroporto JFK, em Nova York, permitindo até sete voos diários de ida e volta a partir do Terminal 6 – com previsão de início em 2027.
O movimento também envolve uma troca de horários de voo no aeroporto de Newark, onde a United mantém um hub importante. Os detalhes foram descritos como uma “troca neutra”, sem prejuízo de operação para nenhuma das companhias.
Um retorno estratégico a Nova York
A United havia deixado de operar no JFK em 2022, citando baixa competitividade no aeroporto. Agora, volta em grande estilo.
Já Scott Kirby, CEO da United, destacou a força da marca JetBlue e a liderança de Joanna Geraghty: “Nossos funcionários estão animados com o retorno ao JFK e com as possibilidades dessa nova fase.”
Do lado da JetBlue, Geraghty reforçou que o acordo é uma resposta ousada às necessidades do mercado. “A rede global da United complementa perfeitamente a atuação da JetBlue na Costa Leste. Ganhamos todos: clientes, tripulantes e a indústria como um todo.”
Nova parceria após fim com American Airlines
A expectativa por uma nova aliança já rondava a JetBlue desde que um tribunal federal bloqueou a chamada Northeast Alliance com a American Airlines, em 2023. Após negociações fracassadas com a antiga parceira, a companhia agora aposta no novo acordo com a United para fortalecer sua presença doméstica.
Apesar de especulações, não se trata de uma fusão, e a United reforçou que não está em conversas para se unir a outras companhias. O acordo ainda depende da aprovação de órgãos reguladores.