As companhias aéreas que operam no mercado da América Latina e Caribe transportaram 15,9 milhões de passageiros em novembro de 2020, 54,8% a menos (ou 19.262.482 passageiros a menos) do que no mesmo período do ano anterior. Os dados são da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), que revelou que novembro foi o mês de maior volume de tráfego aéreo desde o início da pandemia.
O resultado se deve à reativação das operações em praticamente todos os os países da região, exceto a Venezuela. México, Brasil e Colômbia foram, mais uma vez, os mercados que mais impulsionaram a recuperação do setor: 4,7 milhões de passageiros viajaram dentro do Brasil, 42% a menos que em novembro de 2019. No México, foram 2,9 milhões de passageiros domésticos, 37% a menos do que em 2019. Já na Colômbia, a redução foi de 61% com quase 1 milhão viajando no país.
“O tráfego doméstico regional foi responsável por quase 70% do tráfego total de novembro, com 10,7 milhões de passageiros, uma redução de 48% em relação a 2019. É importante notar que o tráfego doméstico não é afetado por requisitos que reduzem a demanda, como testes PCR ou quarentenas, revigorando os mercados internos”, disse José Ricardo Botelho, diretor-executivo e CEO da Alta.
Botelho ressalta ainda que recentes medidas anunciadas por países que estavam com suas fronteiras abertas e irrestritas e que voltam a impor barreiras para a entrada de estrangeiros podem ter sérios impactos sobre a recuperação do setor aéreo.“Solicitamos aos países que avaliem suas decisões e mensurem o alto risco que a perda de conectividade e demanda representam para a população em decorrência da implantação de medidas pouco eficientes e sustentáveis”, destacou.