Produção do A380 pode ser encerrada se não houver novas encomendas

Para diretor, só Emirates pode “salvar” A380

A Airbus parece não ter escolha. Nem mesmo a oferta de uma parceria industrial com empresas chinesas, a fim de assegurar novos contratos para o A380, parece ser capaz de salvar o programa de desenvolvimento do superjumbo francês. Para o diretor de Vendas da Airbus, John Leahy, a fabricante “não terá escolhas a não ser encerrar o programa do A380” se não houver qualquer nova negociação com a maior cliente Emirates.

Leahy disse ainda que a Emirates é o único cliente capaz de assumir uma posição e encomendar seis ou mais aeronaves num período de até 10 anos, mesmo que conversas estejam em andamento com outros clientes. É bom lembrar a Airbus tinha assegurado uma grande ordem de encomenda envolvendo o superjumbo com a Emirates, em novembro de 2017, mas que logo caiu por terra. No último dia 09, o M&E noticiou que o mercado chinês poderia ser a última cartada da Airbus para alavancar as vendas do A380.

Na ocasião, uma encomenda da China poderia proporcionar uma sobrevida ao programa do A380. As companhias chinesas podem se tornar uma grande alternativa à Emirates, que é de longe a maior cliente do superjumbo. Isto porque a Emirates tem até o momento 142 unidades encomendadas, e não tem previsão de realizar novos investimentos. Para se ter uma noção da situação da aeronave, a última encomenda realizada ocorreu no começo de 2016, isto mesmo após o lançamento do A380Plus, comos mencionamos no começo desta matéria.