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Sem acordo, ameaça de greve nos aeroportos é mantida

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Editorial Mercado & Eventos

Publicado - 20/12/2011 - 09:26

Terminou sem acordo a audiência realizada ontem (19/12) entre aeronatutas, aeroviários e patrões realizada com a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre o reajuste salarial em audiência de conciliação. Representantes dos trabalhadores mantiveram a ameaça de greve para a próxima quinta-feira, dia 22/12.

De acordo com a assessoria do TST, sindicalistas avisaram que, pelo menos, 20% da categoria continuará trabalhando, como prevê a legislação. A greve está marcada para começar às 23h do dia 22 de dezembro, se não houver acordo até lá. A audiência foi conduzida pela vice-presidente do Tribunal, ministra Maria Cristina Peduzzi.

A ministra Cristina Peduzzi, vice-presidente do TST, sugeriu que as empresas oferecessem aumento de 8%. Os trabalhadores, que pediam 13% de reajuste, aceitaram reduzir a exigência para 7%, mas as companhias afirmaram não ter condições de ofertar reajuste superior à inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 6,17%.

A reunião contou com a participação de representantes dos sindicatos dos Aeronautas e Aeroviários e o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). No início das negociações, os trabalhadores pediam um reajuste de 13%, e as empresas só ofereciam 3%.

Além do aumento de 7%, os aeroviários (funcionários que trabalham em terra) e aeronautas (que trabalham embarcados) pediram hoje a fixação do piso de R$ 1.100 para os operadores de equipamentos, mas as empresas só aceitaram estabelecer o piso de R$ 1 mil.
As empresas e os trabalhadores chegaram a um acordo em relação ao aumento de 10% no piso da categoria, no vale refeição e na cesta básica.

Por causa da falta de entendimento, o dissídio da categoria deverá ir a julgamento na Sessão de Dissídios Coletivos do TST, formada por nove ministros, mas apenas em fevereiro, quando terminam as férias coletivas do Tribunal. A ministra Cristina Peduzzi alertou que a paralisação não poderá alcançar toda a categoria, e que os trabalhadores devem se organizar para prestar os serviços à população.