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Senado analisa projeto que prevê alerta sobre trombose em viagens aéreas

Pfizer Senado analisa projeto que prevê alerta sobre trombose em viagens aéreas
Tromboembolismo pode afetar até 300 mil brasileiros ao ano, segundo especialistas (Reprodução/Pfizer)

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado analisa um projeto de lei que pode trazer mudanças importantes para o setor aéreo e para os viajantes. A proposta (PL 5497/2023), de autoria da senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), prevê a obrigatoriedade de divulgação de alertas sobre o risco de tromboembolismo venoso (condição também conhecida como trombose) nos bilhetes aéreos, nos aeroportos e também dentro das aeronaves.

A medida busca conscientizar passageiros sobre um problema de saúde grave que pode ocorrer durante longos períodos de imobilidade, como em viagens aéreas de longa duração. A trombose é caracterizada pela formação de coágulos nos vasos sanguíneos e pode levar à morte quando evolui para embolia pulmonar, quadro em que o coágulo migra para os pulmões.

O relatório do projeto é do senador Otto Alencar (PSD-BA), que destacou os riscos da falta de mobilidade durante voos extensos. Segundo ele, a cada duas horas adicionais em viagens acima de oito horas, o risco de tromboembolismo aumenta em 26%.

O senador Dr. Hiran (PP-RR), também médico, reforçou a importância da proposta. Ele lembrou que a trombose venosa afeta cerca de 300 mil brasileiros todos os anos e é responsável por mais de 165 internações hospitalares por dia no país. “Pode evoluir para embolia pulmonar, complicação em que 1 em cada 4 pessoas acometidas sofre morte súbita”, alertou.

Entre os fatores que agravam a condição durante voos estão a pressurização da cabine, a baixa umidade do ar e a chamada hipóxia, que é a redução no transporte de oxigênio pelo corpo. Grupos mais vulneráveis incluem gestantes, fumantes, obesos, hipertensos, pessoas que fizeram cirurgias recentes, usuários de anticoncepcionais e viajantes que realizam voos em sequência.

A proposta já foi aprovada pela Comissão de Infraestrutura e, se receber aval da CAS, poderá seguir para a Câmara dos Deputados, a menos que haja pedido para votação no Plenário do Senado.

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