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Aviação / Curiosidades / Tecnologia

Sita divulga 10 previsões ousadas sobre a tecnologia nos aeroportos

Consultoria inglesa destaca a pontualidade do Aeroporto de Brasília na categoria entre 10 e 20 milhões de passageiros por ano.

Sita prevê uma melhora na experiência dos viajantes nos aeroportos através das inovações tecnológicas

A Sita apresentou 10 previsões ousadas sobre a importância da tecnologia nos aeroportos do futuro com base em informações exclusivas, forças motrizes do setor e tecnologias emergentes. Essas tecnologias serão capazes de definir um modelo de experiência inovador para os passageiros, que já vem experimentando um novo modo de viajar, através de tecnologias como egurança biométrica, check-in móvel e rastreamento de bagagem.

A próxima década testemunhará um ritmo de mudanças acelerado à medida que passageiros e funcionários, já nativos digitais, serão os primeiros a conviver com tecnologias transformadoras, de táxis voadores a aeroportos com inteligência artificial. Benoit Verbaere, diretor de desenvolvimento de negócios da Sita, prevê grandes mudanças em quase todos os aspectos da experiência em aeroportos.

“O número de passageiros deve dobrar nos próximos vinte anos, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo, mas a expansão do aeroporto não se manterá. E os passageiros, com razão, querem uma viagem tranquila e fácil pelo aeroporto. A única maneira de garantir que os aeroportos continuem funcionando sem problemas é desenvolvendo e implementando novas tecnologias que os tornem mais rápidos e eficientes para atenderem a um fluxo cada vez maior de pessoas e aprimorar a experiência do passageiro”, comenta Verbaere.

1. Segurança sem complicações

Para a Sita, a próxima década nos aeroportos significará o fim dos rígidos pontos de verificação de bagagens e passageiros, com suas longas filas e complicações como tirar casacos, sapatos, cintos, etc. A previsão é de que será necessário apenas que os viajantes passem por corredores com sensores, tornando obsoletas as verificações físicas de documentos.

2. Identidade digital

Segundo previsões da Sita, a adoção da identidade auto soberana digital e tokens de viagem persistentes colocarão os passageiros no controle de quais aspectos de sua identidade devem ser revelados e com que finalidade enquanto viajam.

Em aeroportos futuros, o risco será constantemente avaliado por inteligência artificial especializada, usando uma versão digital da identidade do passageiro. Os elementos sensíveis dos dados serão usados apenas pelos governos em sistemas colaborativos automatizados para aprovar ou não as várias etapas da jornada. As companhias aéreas não serão mais responsáveis pelo processamento de dados de passageiros para fins de segurança nas fronteiras.

3. Etapas de viagem descentralizadas

Pessoas, malas e cargas serão devidamente entiquetados, de forma que possam ser rastreados. Com isso, a autorização de viagem e as verificações alfandegárias podem ser feitas antes do voo, economizando tempo no aeroporto. A entrega e coleta remota de malas serão oferecidas onde for mais conveniente para o passageiro, como em estações de trem, por exemplo.

4. Aeroporto Conectado

A nova era de aeroportos conectados será impulsionada por sensores cada vez mais baratos, hardwares menos dedicados e novos lagos de dados alimentados por todos os dispositivos acima de 5G. Os dados serão capturados através de redes definidas por software, agrupados e analisados para tornar o aeroporto altamente eficiente, gerando uma experiência muito melhor para os passageiros.

5. Inteligência Artificial

Para a Sita, os aeroportos passarão a utilizar a inteligência artificial dentro do sistema Digital Twin, uma simulação avançada de computador que usa dados de todo o aeroporto e operações da companhia aérea para visualizar, simular e prever o que acontecerá a seguir.

Esses dados preditivos serão usados para otimizar as atividades operacionais, automatizando-as sempre que possível. Mensagens automatizadas como: “Dois A380 pousarão ao mesmo tempo porque um está atrasado: garanta que haja número suficiente de pessoas nas secretarias de imigração”. Ou “O feedback dos banheiros no segundo nível é negativo: envie os faxineiros”. O intercâmbio de informações significará respostas proativas e, portanto, operações mais responsivas e planejadas com mais precisão.

6. Troca segura de informações entre colaboradores

Em todas as viagens existem 10 ou mais entidades diferentes responsáveis por torna-la uma realidade. A única maneira de coletar todos os dados para tornar essa jornada perfeita é através de uma estreita colaboração entre todos que trabalham em um aeroporto: o próprio aeroporto, companhias aéreas, agências governamentais, manipuladores de solo, inclusive restaurantes e lojas. Também precisamos de colaboração em todo o ecossistema de aeroportos conectados.

Em toda essa ampla rede, os dados operacionais serão compartilhados usando estruturas de confiança e as partes interessadas compartilharão fontes únicas de verdade para operações essenciais. Isso tornará os aeroportos muito mais eficientes, por exemplo, digitalizando o gerenciamento da recuperação, colocando um foco nítido em colocar as aeronaves no ar o mais rápido possível. Aqui, tecnologias como blockchain oferecem um enorme potencial para facilitar a troca segura de informações.

7. Automatização dos serviços

Os aeroportos executam cada vez mais operações just-in-time, com automação e autoatendimento tornando tudo mais eficiente. E veículos e robôs conectados, automatizados e autônomos devem se tornar comuns. A automação também permitirá um compartilhamento e uso mais eficientes dos ativos. Uma grande variedade de objetos, desde bagages até rebocadores de aeronaves, serão conectados via redes 5G, fornecendo grandes quantidades de dados, oferecendo visualizações preditivas e históricas das operações do aeroporto em tempo real.

8. Atendimento personalizado

As novas tecnologias nos aeroportos pretendem facilitar tanto a vida dos viajantes que, com o tempo, podem fazer com que negócios já consolidados, como estacionamentos, caiam em desuso ou diminuam muito suas receitas. No entanto, a Sita prevê que os aeroportos passarão a oferecer serviços personalizados de acordo com a necessidade dos próprios viajantes, como entrega de malas a domicílio ou mesmo transporte entre o aeroporto e o hotel.

9. Mobilidade sob demanda

Os aeroportos se tornarão centros gigantescos de ‘estacionar e montar’, fornecendo acesso a uma ampla variedade de opções de transporte. Inovações como táxis aéreos estarão surgindo até 2030 para fornecer transporte muito mais eficiente de e para o aeroporto. Eles podem até oferecer concorrência em rotas de curta distância. Realmente teremos viagens aéreas para todos.

10. API para tudo o que é feito nos aeroportos

Como os viajantes de amanhã serão nativos digitais, as pessoas que administram aeroportos precisarão ser eles próprios nativos digitais. Esse ambiente tecnologicamente instruído resultará na complexidade do aeroporto sendo dividida em um conjunto de serviços de dados que podem ser compartilhados como APIs (Application Programming Interface).

Será fornecido um ecossistema que permita colaboração e inovação, que é mais fácil para todos usarem. Por exemplo, a IA e novas sintaxes permitirão solicitações de insights específicos do setor em termos humanos: ‘Existe uma bolsa rosa como bagagem de mão no portão B34?’ Ou ‘A linha no saguão de chegada A é muito longa, envie mais táxis’.

“O futuro dos aeroportos reside em operações conectadas, altamente inteligentes e eficientes que ofereçam aos passageiros viagens sem dor e sem atritos, em experiências ricas e personalizadas. Os bloqueios e silos operacionais de hoje se dissolverão, resultando no compartilhamento de dados com base na confiança digital, ativos compartilhados e cálculos em tempo real da IA. Estamos entrando em uma era de ouro com infusão de silicone para viagens aéreas e estamos animados por fazer parte da jornada. No entanto, é essencial que o setor reconheça a necessidade de mudança e colabore. Essas mudanças tecnológicas acontecerão e mais rápido do que pensamos”, disse Benoit Verbaere, diretor de desenvolvimento de negócios da Sita.

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