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Negociações apenas adiaram uma possível greve para meados de julho
O M&E até alertou, mas a Lufthansa confirmou nesta terça-feira (30) que nenhuma categoria entrará em greve no primeiro dia do mês de julho (amanhã), data que estava marcada uma possível paralisação em resposta ao embate entre trabalhadores e companhia sobre os programas de pensão e aposentadoria que se arrastam há alguns anos.
De acordo com o Unabhaengige Flugbegleiter Organisation (UFO Union), sindicato que representa mais de 19 mil funcionários da Lufthansa, em grande parte comissários de bordo, após um progresso no debate com executivos da companhia aérea alemã, o plano de iniciar uma greve foi adiado, pelo menos, até meados de julho.
No epicentro das negociações, novamente esteve o esquema de pensão e aponsentadoria, programa que teve um custo estimado em 3,7 bilhões de euros (US$ 4,1 bilhões) somente
no ano passado, algo que a aérea considera ser insustentável.
“Agora estamos de olho nos próximos capítulos da negociação que devem se desenrolar nas próximas semanas, se é que seja possível chegar ao ponto em que algo pode ser definitivamente assinado, evitando assim permanentemente as greves na companhia”, disse Nicoley Baublies, do UFO (sindicato).
Com interesses tão baixos, os programas de pensão estão sob tensão e a Lufthansa simplesmente quer que sua tripulação contribua ainda mais com seus programas de aposentadoria, a fim de preservar uma retirada antecipada aos 55 anos. Por outro lado, uma disputa gira em torno dos planos da aérea em desfazer um acordo no qual os pilotos podem se aposentar aos 55 anos e receber 60% do seu salário até que atinjam a idade legal de reforma, estabelecida em 65 anos. Somente no ano passado, a Lufthansa registrou um prejuízo de 232 milhões de euros por causa das greves.
