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Aviação

TAP será nacionalizada, afirma imprensa portuguesa

O modelo escolhido para operar os novos voos foi o A321NEO

Entrave nas negociações com acionistas privados em relação a ajuda estatal deve levar o estado a assumir o controle da companhia

A TAP deve mesmo ser nacionalizada. O jornal português Diário de Notícias apurou que uma resolução governamental deve ser aprovada nesta quinta-feira (2) pelo Conselho de Ministros. Uma coletiva de imprensa está marcada para às 13h (hora local) para anunciar os resultados da reunião.

Atualmente o estado controla 50% do capital social da TAP, enquanto 45% pertence ao consórcio Atlantic Gateway, de propriedade de David Neeleman e do empresário português Roberto Pedrosa, e os outros 5% está nas mãos dos funcionários. No entanto, a administração da companhias está sob o comando dos acionistas privados

Portugal decidiu retomar o controle da companhia após um entrave nas negociações com os acionistas privados da companhia em relação às condições exigidas pelo governo para conceder o empréstimo de 1,2 bilhão de euros, já aprovado pela Comissão Europeia. Neeleman teria rejeitado as exigências impostas pelo Governo de Portugal, que considera a postura do empresário inaceitável e deseja sua saída. A permanência de Humberto Pedrosa como acionista é um cenário aceito pelo governo.

Neeleman também não teria chegado a um acordo para deixar sua participação na empresa. O jornal Expresso aponta que as negociações incidiram sobre uma cláusula que permite aos privados recuperarem o dinheiro que emprestaram à TAP (227 milhões de euros) no caso do Estado reforçar a sua posição de acionista majoritário na empresa. O governo exigiu que essa cláusula caísse, Neeleman recusou, foi negociada uma redução desse montante, mas mesmo assim a diferença de posições inviabilizou o acordo.

Na manhã desta quarta-feira (1º), o primeiro ministro de Portugal, António Costa, afirmou que esperava que a questão fosse decidida por um acordo, e não por imposição do estado. No entanto, ressaltou que não poderia deixar que a TAP fosse prejudicada.

“Estou certo de que, se não hoje, no limite, nos próximos dias, teremos uma solução final. Mas, se tivesse de apostar, eu diria que hoje será o dia da solução para a TAP, e espero que negociada e por acordo com os nossos sócios privados, e não propriamente com um ato de imposição do Estado”, afirmou durante cerimônia que marcou a reabertura das fronteiras com a Espanha. A intenção do governo é evitar litígios e ações judiciais que possam prejudicar a companhia futuramente.

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