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Aviação

Tecnologia e colaboração podem amenizar prejuízo bilionário das companhias aéreas, diz Iata

Dany Oliveira da Iata Tecnologia e colaboração podem amenizar prejuízo bilionário das companhias aéreas, diz IataO mais recente estudo da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata) revelou que, em 2022, a cadeia de valor da aviação continuou sua recuperação pós-pandemia, mas com uma perda econômica total de US$ 69 bilhões. Na ocasião, os produtores de QAV e agentes de cargas foram os únicos subsetores que criaram valor, com seus benefícios econômicos relacionados às atividades de aviação estimados em US$ 7,4 bilhões e US$ 7 bilhões, respectivamente.

Estes dados foram compartilhados pelo Country Director da Iata no Brasil, Dany Oliveira. “A aviação, impulsionada por 4,5 bilhões de passageiros que cruzam o planeta a cada ano, é um gigante econômico, complexo e fascinante. Desde 2005, a International Air Transport Association (Iata), em parceria com a McKinsey & Company tem mergulhado em uma análise profunda da cadeia de valor da aviação, abrangendo desde fabricantes de aeronaves até empresas aéreas e agentes de carga”, diz ele.

Já o subsetor “Empresas Aéreas”, que é o maior em termos de receitas (US$ 732 bilhões), teve o pior desempenho, gerando uma perda econômica de US$ 45,6 bilhões. “Por que as empresas aéreas enfrentam essa turbulência constante? Fatores como baixas barreiras de entrada, altas barreiras de saída, custos fixos exorbitantes, grande sensibilidade a choques externos, ampla fragmentação e forte poder de barganha dos fornecedores criam um ambiente desafiador”, revelou Dany.

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Participantes da cadeia de valor diferem significativamente em termos de retornos médios e da volatilidade desses retornos (Divulgação)

O diretor lembra que a pandemia apenas intensificou essa turbulência, jogando luz sobre as dificuldades do setor. “Não existem soluções fáceis e prontamente disponíveis para gerar uma maior robustez no curto prazo. A harmonização das regulamentações é difícil de ser alcançada, mas essencial para otimizar as operações em um setor que é totalmente global. O poder de barganha dos fornecedores precisa ser reduzido para melhor equilibrar a cadeia de valor”, destacou o executivo.

Segundo Dany Oliveira, um caminho a ser explorado poderia ser as oportunidades em termos de integração vertical e horizontal. “O progresso tecnológico, possivelmente envolvendo Inteligência Artificial, conseguiria alterar a forma como alguns serviços são prestados, bem como reduzir alguns custos. Além disso, os participantes da cadeia de valor têm muito a ganhar com o aumento da colaboração, principalmente nos campos de análise e compartilhamento de dados”, frisou ele.

Por fim, Dany lembra que ações conjuntas e soluções inovadoras são cruciais para garantir que o transporte aéreo continue a ser um motor do desenvolvimento econômico e do bem-estar social. “Fortalecer as empresas aéreas, combater o desequilíbrio de poder e incentivar a colaboração são medidas essenciais para garantir um futuro sustentável para esse setor tão vital para a economia global”, complementou o Country Director da Iata.

Como mostrado no gráfico acima, os participantes da cadeia de valor diferem significativamente em termos de retornos médios e da volatilidade desses retornos. Os fornecedores das empresas aéreas têm retornos mais elevados e menor variabilidade devido ao seu maior grau de concentração industrial, bem como graças à natureza de longo prazo dos contratos em vigor, o que limita sua exposição a choques na demanda por viagens.

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