SÃO PAULO – A Boeing divulgou, nesta quarta-feira (19), por meio do documento Perspectivas de Mercado, que o turismo brasileiro é responsável pela movimentação de 46 bilhões de dólares no setor aéreo, além de gerar 2,2 milhões de postos de trabalho. A vertente representa 1,4% do PIB do setor. Segundo David Franson, diretor regional de Projeções de Mercado da empresa para a América Latina e Caribe, a perspectiva é de crescimento no país até 2041.
O Brasil é o maior mercado da região e está bem posicionado para uma recuperação saudável e para superar as disrupções de curto prazo. “Atualmente, 28% dos voos com origem na América Latina são do Brasil”, declara. Em análise, David pontuou que houve uma alta no volume de passageiros nos últimos anos.
“Desde 2006 vimos o volume de viajantes dobrar e acreditamos que esse fator vai aumentar ainda mais, mas para isso é preciso que haja flexibilidade nas frotas por meio da modernização das aeronaves, que também estarão alinhadas ao compromisso sustentável, pois os novos modelos queimam de 10% a 15% menos combustível do que as anteriores”.
Os principais mercados internacionais para o Brasil continuam sendo os Estados Unidos, Argentina, Portugal, Chile e Itália, além de França, Espanha, Alemanha, México e Peru, os quais, conforme a projeção da Boeing, se manterão em ascensão até 2029.
Panorama
Até junho deste ano, o setor aéreo recuperou 75% do volume de operações em comparação com o mesmo período de 2019. Em comparação, Ásia e Oceania recuperaram 54%; África 74%; Oriente Médio 78%; Europa 82%; América Latina 88%; a América do Norte 90%.
“O Brasil tem feito um ótimo trabalho internamente ao conectar cidades secundárias e não só buscar rotas para destinos em outros países”
No recorte da América Latina, a região conta com 92% de sua malha aérea ativa, recuperação de 86% dos voo, 77% da capacidade de assentos e 75% do volume de tráfego de passageiro em relação ao ano pré pandemia. A América Latina, tem projeção de crescimento e 4.4% no volume de tráfego nos próximos 20 anos, demandando a entrada de 2.240 novas para atender ao volume de viajantes e o Brasil se sobressairá com a maior fatia da demanda.
“O Brasil tem feito um ótimo trabalho internamente ao conectar cidades secundárias e não só buscar rotas para destinos em outros países. O fato de ter o mercado aberto para a entrada de companhias, auxilia a nação no processo de recuperação dos reflexos da pandemia de Covid-19”, endossa David.