
A Norwegian Cruise Line (NCL) continuará apostando no mercado brasileiro como parte de sua estratégia global e, segundo Estela Farina, diretora-geral da NCL no Brasil, a procura de brasileiros por cruzeiros segue em alta, com consumidores mais exigentes. Informação que justifica o investimento contínuo da armadora em capacitação de agentes, promoções em moeda local e ações voltadas à retenção de clientes.
A empresa não terá embarcações próprias operando na região na próxima temporada, mas mantém presença por meio das marcas do grupo. “Oceania Cruise e Regent Seven Seas continuam com roteiros para a Antártica, Patagônia e pelo Rio Amazonas, que têm atraído turistas europeus e americanos”, afirmou Farina.
Ela destacou ainda o aumento do interesse por viagens internacionais entre brasileiros, mesmo diante da oscilação cambial — cenário que levou a NCL a oferecer parcelamentos em reais e vantagens como o programa More At Sea.
“O consumidor brasileiro quer liberdade e autenticidade. Nosso modelo permite que o hóspede monte sua própria jornada”
No plano global, a companhia prevê, que entre 2025 e 2028, vai incorporar quatro novos navios da classe Prima Plus, incluindo o Norwegian Aqua, inaugurado em abril de 2025, e o Norwegian Luna, previsto para 2026.
O Norwegian Aqua, mais recente navio da companhia, foi projetado com base em sugestões diretas dos passageiros e reúne novidades como o restaurante tailandês Sukhothai e a opção vegetariana Planterie, além de novas áreas de lazer e espetáculos. A ideia, segundo a empresa, é responder à demanda por viagens mais flexíveis e com maior diversidade de experiências.
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Além dessas, outras quatro embarcações de última geração estão programadas para entrega até 2036. A ampliação da frota ocorre em paralelo à evolução das práticas ambientais da empresa, por meio do programa “Sail & Sustain”, que estabelece metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e compromissos com a neutralidade de carbono até 2050.

Para ampliar o apelo das viagens, a companhia aposta em uma proposta adaptável: “A bordo, nossos hóspedes têm total autonomia para personalizar suas férias, com uma ampla variedade de opções gastronômicas, entretenimento exclusivo, spas de alto padrão e atividades que atendem desde casais, famílias multigeracionais e até viagens solo.”
Outro eixo da estratégia é a incorporação de tecnologia embarcada, voltada à experiência do hóspede. A NCL adota desde aplicativos para reservas e personalização da jornada até soluções digitais que integram serviços a bordo. “O consumidor brasileiro quer liberdade e autenticidade. Nosso modelo permite que o hóspede monte sua própria jornada”, disse a executiva.
Farina também reforçou o papel da equipe local como diferencial competitivo, ao permitir respostas rápidas e alinhadas às demandas do mercado interno. Segundo ela, o fortalecimento das relações com o trade inclui treinamentos contínuos, melhores condições comerciais e comunicação clara sobre o valor agregado das viagens oferecidas. “Seguimos próximos dos agentes e dos passageiros. O Brasil continua sendo estratégico”, concluiu Farina.