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Belém precisa mais que dobrar número de leitos de hotel para COP30

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Com inaugurações previstas, a capacidade chegue a 22 mil leitos até o event (Unsplash/Nik Lanús)

Belém vive um momento de transformação para receber a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), marcada para novembro de 2025. A cidade, que atualmente conta com cerca de 18 mil leitos de hotel, precisa mais que dobrar essa capacidade para atender às expectativas de 60 mil visitantes durante o evento.

Com investimentos de mais de R$ 4,7 bilhões e intervenções em infraestrutura, transporte e sustentabilidade, Belém busca transformar a COP30 em um marco histórico para a cidade e para o debate global sobre mudanças climáticas. Contudo, os desafios de curto e longo prazo continuam sendo pauta para autoridades e especialistas.

“A hotelaria de Belém está a pleno vapor. Todos os hotéis estão passando por reformas para atender a COP30. Porém, o principal desafio ainda é aumentar a quantidade de leitos existentes”, explicou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Pará (ABIH-PA), Antônio Santiago. O executivo estima que, com inaugurações previstas, a capacidade chegue a 22 mil leitos até o evento. Além disso, a cidade contará com três novos hotéis de alto padrão e alternativas como transatlânticos e hospedagens temporárias em escolas públicas.

A preparação para a COP30 não se limita à expansão hoteleira. Mais de 30 obras estruturantes estão em andamento na cidade. Entre os destaques, estão a construção do Parque da Cidade, que sediará parte das atividades do evento, e a ampliação do sistema de transporte público. “Estamos dotando de infraestrutura uma cidade maravilhosa que vai ter um grande legado”, afirmou Valter Correia, secretário extraordinário da COP30.

No entanto, as transformações urbanísticas também levantam preocupações. A professora Roberta Menezes Rodrigues, da UFPA, pondera que as obras podem gerar contradições. “Estamos abrindo mais vias, desmatando áreas verdes e priorizando o transporte individual, o que vai na contramão do desenvolvimento ambiental sustentável”, disse. Ela alertou ainda para o impacto imobiliário das intervenções, que pode beneficiar apenas setores específicos da população.

Já a professora Lise Vieira da Costa Tupiassu Merlin destacou a relevância de realizar a COP em uma cidade amazônica. “O evento é uma oportunidade para colocar a Amazônia no centro das discussões climáticas, mas é preciso garantir que os benefícios sejam duradouros para a população local”, defendeu.

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