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Onda de calor fecha Torre Eiffel e ameaça turismo na Europa

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Redação M&E

Publicado - 02/07/2025 - 09:49

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A capital francesa está entre as 16 regiões do país em alerta vermelho para o calor (Arquivo/M&E)

A forte onda de calor que atinge a Europa nesta semana forçou o fechamento do topo da Torre Eiffel, em Paris, como medida de segurança para visitantes e funcionários. Com as temperaturas ultrapassando os 40°C, a prefeitura parisiense decidiu suspender o acesso ao mirante panorâmico, localizado no ponto mais alto do monumento, para evitar riscos à saúde dos turistas. Painéis com avisos em diversos idiomas foram colocados no local, surpreendendo quem já estava na fila.

“Acabei de receber um e-mail e os ingressos foram cancelados. Compramos o passeio há três anos, mas por causa do calor é impossível subir a torre”, relatou uma turista. O topo da torre, por ser um espaço mais apertado, pode causar mal-estar e até desmaios em condições extremas como as registradas nos últimos dias.

A capital francesa está entre as 16 regiões do país em alerta vermelho para o calor – o nível mais alto da escala. A população tem recebido comunicados constantes por celular, rádio e televisão com orientações de saúde, como evitar exercícios físicos e moderar o consumo de álcool em cafés e restaurantes. A recomendação principal é: mantenha-se hidratado e evite exposição prolongada ao sol.

O fenômeno climático por trás das temperaturas extremas é conhecido como “domo de calor”, uma espécie de “tampa” que mantém o ar quente e seco preso sobre uma região, elevando ainda mais as temperaturas. Imagens de satélite mostram que a massa de ar quente já domina boa parte da Europa, especialmente França, Espanha, Portugal e Itália, todos com áreas em tons intensos de vermelho.

Na Bélgica, o Atomium reduziu seu horário de funcionamento, e em destinos mediterrâneos, como Maiorca, os termômetros chegaram a 42°C. Já há registros de mortes e evacuações por incêndios florestais no sul da França. Autoridades do Reino Unido, Alemanha, Suécia, Noruega e Áustria emitiram alertas de viagem, com atenção especial ao sul do continente.

Especialistas alertam que esse tipo de evento extremo pode se tornar cada vez mais comum. Projeções indicam que, até 2100, a França pode ter verões até 4°C mais quentes, com ondas de calor superando os 40°C quase todos os anos, e, em casos extremos, picos de 50°C.