Entidades representativas do turismo e empresários de Petrópolis criaram uma comissão para discutir as demandas emergenciais do setor e centralizar a interlocução com as autoridades. A definição do grupo foi motivada pelas fortes chuvas que atingiram a cidade na última semana; comprometendo a indústria turística local. O grupo foi criado em audiência realizada ontem; 20 de janeiro; no distrito de Itaipava; com a participação de 50 empresários.
A reunião foi promovida pela Secretaria de Estado de Turismo e pela TurisRio; com apoio da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e o Sindicato de Hotéis; Restaurantes; Bares e Similares de Petrópolis. Alexandre Sampaio; presidente da FBHA; relatou aos presentes algumas das propostas do encontro realizado no dia anterior em Nova Friburgo; onde foram sugeridas a prorrogação do prazo de impostos para os bares e restaurantes da cidade e ações de promoção de suas atrações turísticas em feiras e outros eventos.
Petrópolis conta com um Conselho Municipal de Turismo (Comtur); reunindo proprietários de restaurantes e hotéis; guias turísticos e outros profissionais; que fará parte do grupo de crise. Os demais integrantes representam o sindicato local; o Conventions & Visitors Bureau da cidade e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) de Petrópolis. O grupo de crise se reúne novamente hoje; 21 de janeiro.
Desde o início da tragédia; a prefeitura criou uma linha de crédito para micro e pequenos empresários. Os prazos para pagamento de IPVA e recolhimento de ICMS foram adiados; e o Banco do Brasil e o BNDES suspenderam cobranças; além de oferecerem linhas de financiamento. A Investe Rio; agência de fomento do governo estadual; montou um posto para atendimento na cidade.
Petrópolis possui 80 hotéis e pousadas; e metade deles está localizada em Itaipava. O Vale do Cuiabá; com cinco hotéis e pousadas de luxo; foi a região mais afetada pelas chuvas. O acesso ao local ainda é difícil e os estabelecimentos não estão operando. Uma das pousadas foi destruída na enxurrada. A cervejaria Cidade Imperial; nos arredores do vale; também foi bastante afetada.
Uma sondagem feita pelo Conventions & Visitors Bureau mostrou que alguns hotéis tiveram até 79% de reservas canceladas para os meses de janeiro e fevereiro; um prejuízo direto de cerca de R$ 1;6 milhão. Nos restaurantes; a frequência está reduzida em 70%. Alguns empresários pensam em fechar suas casas por alguns dias e dar férias coletivas aos funcionários para reduzir as perdas.