WTTC reitera importância das mulheres para o Turismo e destaca desafios a serem superados

Mulheres constituem aproximadamente 54% da força de trabalho no Turismo (Freepik)

O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) voltou a reiterar a importância do envolvimento das mulheres no Turismo para alavancar seu crescimento e criar um setor próspero e resiliente. Julia Simpson, CEO do WTTC, enfatizou a importância de promover o envolvimento das mulheres no setor e superar os desafios para o sucesso no mundo dos negócios durante a Conferência Global Women Deliver, em Kigali, em Ruanda.

O evento serviu de plataforma para abordar os desafios enfrentados pelas mulheres no setor e explorar estratégias para os ultrapassar, com o objetivo de inspirar a mudança e promover a igualdade de oportunidades para as mulheres do setor. Os painéis destacaram os desafios enfrentados pelas mulheres em vários aspectos do negócio, incluindo obstáculos operacionais e limitações do ecossistema.

“Está provado que as empresas que têm 50% de mulheres em sua liderança ganham mais dinheiro. Isso faz ainda mais sentido em viagens e turismo, onde as mulheres tomam as decisões de compra sobre onde ir nas férias. Também faz sentido empregar mulheres em cargos seniores. Colocar as mulheres no centro das atenções em Viagens e Turismo garantirá um futuro melhor para o setor e para a economia global. Atualmente, mais da metade do setor é formado por mulheres”, disse Julia.

De acordo com o órgão global de turismo, as mulheres constituem aproximadamente 54% da força de trabalho. O Turismo oferece oportunidades acessíveis para as mulheres, mas também enfrenta disparidades, como salários mais baixos e segurança no emprego. Essas disparidades se refletiram no impacto da pandemia, onde a maioria dos 62 milhões de empregos perdidos no setor de viagens e turismo eram femininos.

O WTTC exige que os setores público e privado desempenhem seu papel na promoção da participação das mulheres no setor. O órgão diz que os governos devem adotar políticas que promovam as mulheres na alta administração, como cotas obrigatórias para empresas de capital aberto e empresas estatais. Para o WTTC, o setor privado deve oferecer programas de desenvolvimento profissional direcionados para mulheres e criar oportunidades de networking e orientação.