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Hotelaria

​Entidades esclarecem polêmica das diárias hoteleiras para a Copa

Três entidades que representam o setor hoteleiro no Brasil, a MATCH Services, empresa responsável pelas acomodações e outras áreas para a Copa das Confederações 2013 e para a Copa do Mundo 2014, e o Comitê Organizador Local (COL) dos jogos se reuniram com a imprensa semana passada, no hotel Windsor Atlântica, no Rio de Janeiro, para esclarecer dúvidas a respeito da ocupação e das tarifas hoteleiras nas cidades que receberão os jogos no primeiro evento, em julho deste ano.

Estavam presentes Roberto Rotter, presidente do FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil); José Maria Marin, presidente da CBF e do COL; Enrico Fermi, presidente nacional da ABIH (Associação Brasileira da Indústria Hoteleira); Tomás Pombo, executivo da FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação); e Enrique Byrom, executivo responsável pela MATCH Services no Brasil.

Roberto Rotter abriu a reunião afirmando a importância dos investimentos privados feitos pelo setor hoteleiro na construção de novos hotéis, na capacitação e qualificação de mão de obra, na geração de novos empregos e como indutores de desenvolvimento no Brasil. “Em 2009, quando o Brasil foi escolhido para sediar esses eventos, houve a preocupação do Governo se o parque hoteleiro conseguiria atender o maior número de turistas que vêm ao país. Hoje, graças a investimentos privados da ordem de 7 bilhões de reais feitos pelo setor, esse gargalo não existe, enquanto outros, de responsabilidade do Setor Público, continuam aí, como infraestrutura, leis trabalhistas ultrapassadas, capacitação, qualificação e atração de mão de obra”, comentou o executivo.

Para o presidente do FOHB, associação que representa 25 redes hoteleiras nacionais e internacionais operando no País, totalizando 523 hotéis e 84 mil quartos, presentes em 100 cidades, em 23 estados e no Distrito Federal, o Governo deveria aproveitar esses eventos para aumentar o número de visitantes estrangeiros, que tem se mantido estável entre 5 a 6 milhões/ano nos últimos anos. “O Governo não faz promoção turística do Brasil no exterior. É importante que cada um cumpra e se preocupe com aquilo que lhe compete”, completou.

Sobre o posicionamento da Embratur e do Ministério do Turismo acerca do acompanhamento das tarifas hoteleiras, o presidente do FOHB voltou a destacar que o Brasil é um país de livre mercado e pautado pela relação oferta X demanda. “O Brasil, mais notadamente São Paulo e Rio de Janeiro, já aparecem em estatísticas internacionais como destinos caros, independentemente de grandes eventos. As diárias de hotéis na Copa das Confederações e na Copa do Mundo estarão, na média, mais baixas que as praticadas durante o Carnaval no Rio ou a Fórmula 1 em São Paulo, por exemplo”, afirmou o executivo.

As três entidades do setor hoteleiro representadas no evento deixaram claro que não só se esmerarão em bem receber e impressionar o turista que vier para o país nos grandes eventos, como também buscarão fidelizá-lo para futuros regressos, uma vez que os investimentos feitos pelo empresariado da hotelaria visam retornos financeiros de longo prazo, não apenas em uma oportunidade ou outra.

Enrique Byrom, da MATCH, apresentou dados relativos à comercialização das diárias para a Copa das Confederações. “Somos os maiores interessados em ter preços razoáveis para os turistas que vierem aos jogos e, por conta disso, as vendas já estão indo muito bem”, afirmou Byrom, que já esteve à frente de oito Copas como executivo responsável por acomodações. Ele declarou que a empresa já possui contratos firmados com 848 hotéis no país. “Os contratos são iguais para todos e serão respeitados. De mais de 601 hotéis já conseguimos a colaboração e o compromisso de praticarem preços razoáveis. Estamos negociando com os demais 247, para chegarmos a um total de 60 mil quartos disponíveis, 5 mil a mais que na Copa da África do Sul”, completou Byrom.

José Maria Marin, da CBF e do COL, afirmou que tem certeza e plena confiança que a Match e o setor hoteleiro do Brasil vão contribuir, de maneira integrada, para mostrar toda a competência e a capacidade do Brasil para receber os grandes eventos. “Vamos fazer a maior Copa de todos os tempos. Vamos mostrar não só o nosso futebol, que o mundo já conhece, mas também que não somos mais o País do futuro, mas do presente, e que sabemos acolher visitantes de todos os lugares”, completou Marin.

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