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Hotelaria

ABIH questiona números do IBGE sobre hotelaria

Enrico Fermi Torquato, presidente da ABIH

Enrico Fermi Torquato, presidente da ABIH


A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) questiona a metodologia aplicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sua Pesquisa de Serviços e Hospedagem, divulgada nesta terça-feira (28/02). De acordo com o presidente da entidade, Enrico Fermi, o número de leitos apresentado pelo estudo, de 373.673 nas 27 capitais, não reflete a realidade. Ele explicou que a média utilizada pelo mercado para se chegar a este número é de 2,2 leitos e que o IBGE utilizou uma base menor para chegar a este dado.

“Esses números não refletem a nossa realidade”, disse. “Notamos uma inconsistência nos dados, pois eles são muito mais amplos do que aquilo que saiu. A multiplicação do número de unidades habitacionais por leitos não está correta. Acredito que ocorreu alguma falha na metodologia”, completou.

Para ele, as capitais brasileiras têm uma capacidade de hospedagem muito maior do que a apresentada no estudo do IBGE. “Eles não explicaram qual foi a metodologia. Geralmente nós multiplicamos o número de unidades habitacionais de um destino por 2,2 para chegar ao número de leitos. Mas nesta pesquisa, em nenhuma capital isso bate, o resultado está sendo de 1,4”, afirmou.

Fermi ressaltou que a ABIH não foi consultada pelo IBGE ou pelo Ministério do Turismo para contribuir com a pesquisa e colocou a entidade à disposição para dar suporte às próximas pesquisas do órgão. “Reconhecemos a pesquisa, afinal ela foi feita por um órgão como o IBGE. Nós apenas questionamos a metodologia utilizada. Estamos a disposição para contribuir nas próximas edições”, garantiu.

Sobre os outros dados, o presidente da ABIH destacou o alto percentual de hotéis que foram considerados de qualidade interior (23,2%). Para Fermi, é necessário separar baixo preço de baixa qualidade, uma vez que os hotéis econômicos são os que mais crescem no país. “A demanda para esta categoria cresce muito, assim como a base de consumo no país. A tendência é que o crescimento foque neste tipo de hospedagem. Os investimentos da hotelaria de resposta imediata são para esses consumidores”, finalizou.

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