ABIH-SP divulga o desempenho da hotelaria paulista em agosto

Houve pequena retração dos três indicadores – Taxa de Ocupação (TO), Diária Média (DM) e RevPar, após dois meses seguidos de recuperação (Reprodução/ABIH-SP)

A 50ª edição da Pesquisa de Desempenho da Hotelaria do Estado de São Paulo, referente a agosto de 2024, registrou uma leve retração nos três principais indicadores: Taxa de Ocupação (TO), Diária Média (DM) e RevPar, após dois meses de recuperação. Das 14 MRTs (Municípios de Referência Turística) participantes, oito apresentaram queda na TO e DM, e dez tiveram redução no RevPar, destacando uma desaceleração nas regiões com apelo turístico de inverno e uma recuperação nas áreas de turismo corporativo.

A pesquisa apontou que o índice de funcionários por unidade habitacional (Uhs) subiu 2% em agosto, atingindo 0,51, embora o acumulado desde o início da série, em 2020, mostre uma queda de 15%. Além disso, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo (ABIH-SP) reafirmou a importância da adaptação das Uhs para pessoas com mobilidade reduzida, conforme o decreto 11.303, embora muitas MRTs ainda não atinjam o índice recomendado.

Sobre o registro Cadastur, 97,11% dos hotéis participantes afirmaram estar em conformidade com a exigência legal, enquanto apenas 2,89% não possuem o documento. O Cadastur, obrigatório para o setor, é renovado a cada dois anos.

Na análise por categoria, a pesquisa revelou que 51,92% dos hotéis são de categoria econômica, 40% midscale e 8,58% upscale. Em termos de atividade principal, 61,17% dos hotéis se dedicam ao turismo corporativo, 20,19% atuam em ambas as áreas (corporativa e lazer), e 19,42% são voltados exclusivamente ao lazer.

Agosto marcou o início da baixa temporada para os destinos de inverno, enquanto a demanda corporativa começou a se recuperar. A falta de feriados no segundo semestre deverá impactar negativamente o setor de lazer, com setembro projetado para ser um mês de retomada dos eventos e do turismo corporativo.