Localizado nos cânions da Serra do Faxinal, próximo à Praia Grande de Santa Catarina, a pousada familiar “Morada dos Canyons” está passando por uma grande mudança em sua identidade, que busca cada vez mais público nessa retomada do Turismo do Sul do país. Essa atualização também foi motivada pelo 20º aniversário do empreendimento, que teve início em 1994, por Amilton Marcelino.
Hoje, o empreendimento é gerenciado financeiramente pelo seu filho, Tiago Marcelino, que forneceu ao M&E todas as informações do que está sendo modificado na Morada.
Infraestrutura melhorada e mais moderna
O hotel, conhecido pelas suas cabanas de ar romântico, fica dentro de uma área do Geoparque UNESCO a 650 metros no nível do mar, e dá de cara para as formações rochosas da serra. Devido a esse cenário, o local é muito escolhido e frequentado por casais em período de núpcias, ou que estão comemorando aniversários e datas especiais.
No entanto, Tiago conta que, mais do que um perfil específico de cliente, o que a Morada busca é oferecer um espaço onde se crie novas memórias e forneça autocuidado. “A gente percebe um conceito parecido em todos os nossos hóspedes, que são pessoas que valorizam muito ter momentos especiais para elas mesmas, e daí, por consequência, querem um lugar que as ajude a ter essa memória ainda mais marcante”, diz Marcelino.
Foi observando o seu estilo de clientela que a pousada resolveu apostar em uma nova área: o Morada SPA, um local de 2 mil metros quadrados de construção que recebeu novas suítes, novas piscinas, academia, salas de massagem e outras atividades. “A gente ficou muito contente com o resultado do lançamento do Spa. Hoje, a nossa acomodação mais procurada, é a principal suíte do SPA, que está ocupada todos os finais de semana”, revela Tiago.
Além da grande adição do Morada SPA, a pousada está passando por mudanças no seu restaurante principal. Marcelino conta que, nele, tudo mudou, menos a vista para a serra. “É o mesmo local, é o mesmo restaurante, mas teve uma mudança estrutural, a gente trocou todo o teto, trocou todo o forro, trocou todo o chão, trocou móveis, enfim, mas a vista é a mesma”, diz o gerente financeiro.
A mudança de toda a estrutura acompanha também o novo conceito de cardápio que já está em operação no restaurante. “Queríamos que cardápio fosse inspirado naquilo que a gente tem na região, tanto para ter produtos frescos quanto para ter uma identidade. A gente tinha um cardápio de cozinha internacional muito parecido com qualquer restaurante que você vá numa cidade turística. Mas a gente está numa região de pé de serra, de caminho de tropeiros, entre os cantos da serra e o litoral. E isso foi o que influenciou a culinária da nossa região. Então agora a gente tem essa identificação também dos nossos pratos”.
Novidades e desafios a serem enfrentados
Para comemorar os seus anos de história, e celebrar todas as novidades que estão tomando conta da Morada, Tiago revela que um mini documentário foi disponibilizado no canal do YouTube, e um livro de crônicas de histórias vividas na pousada está sendo escrito por Ana Cardoso.
Infelizmente, ao mesmo tempo em que o hotel comemorou seus 20 anos de história, as enchentes no sul do Brasil devastaram o Rio Grande do Sul e, para Tiago, esse definitivamente foi o maior desafio enfrentado pelo empreendimento neste ano. “A enchente não nos afetou literalmente porque não teve enchente aqui, mas afetou porque o aeroporto de Porto Alegre fechou e esse era o nosso principal meio de acesso ao centro do país, então isso diminuiu o nosso alcance durante esse ano”, revela Marcelino.
O gerente ainda acrescenta que, para o ano de 2025, o objetivo da Morada é voltar ao número de ocupação de antes das tragédias climáticas, já que, por sete anos consecutivos, a pousada teve uma taxa de lotação de 95% ao mês, e 100% aos finais de semana.
“A gente realmente espera que a retomada do turismo no sul também nos beneficie. Esse é o nosso primeiro ano em que a gente não está completamente lotado e acreditamos que esse impacto das enchentes tenha feito isso acontecer. A nossa expectativa é que agora, com o aeroporto de Porto Alegre voltando e com as pessoas também do centro do país ficando mais confiantes em visitar o sul, a gente volte a ter 100% de ocupação”.
Por mais que a Morada tenha passado pela dificuldade que o Turismo sulista como um todo passou nesse ano, houve também aprendizado. “A gente aprendeu que temos que estar preparados para ajudar também. Não é porque não tivemos problemas que vamos seguir adiante, né? Mas ser o mais proativo possível para ajudar as pessoas ao nosso redor, e esse ato é o que a gente quer repetir, estarmos prontos para ajudar”, finaliza Tiago Marcelino.