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Fechado há 7 anos, Ipanema Plaza terá uso hoteleiro definido pela Prefeitura do Rio

 Ipanema Plaza
Imóvel será leiloado com exigência de manter vocação turística; especulação imobiliária é descartada (Reprodução/Diário do Rio)

Depois de sete anos fechado, o edifício que abrigou o antigo Hotel Ipanema Plaza, na Farme de Amoedo, em Ipanema, finalmente terá um novo destino. A Prefeitura do Rio de Janeiro, que desapropriou o imóvel na semana passada, definiu que o local seguirá sendo destinado à hotelaria. Mesmo que o prédio venha a ser demolido, o terreno continuará abrigando um equipamento turístico, conforme cláusulas que serão incluídas no edital de leilão.

A medida é parte de uma estratégia da prefeitura para preservar a vocação turística da Zona Sul, que nos últimos anos perdeu parte significativa de sua oferta hoteleira, especialmente no trecho entre Ipanema e Leblon, com a conversão de hotéis em residências de alto padrão. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Osmar Lima, explica que o objetivo é impedir que imóveis desapropriados com recursos públicos sejam convertidos em empreendimentos imobiliários de luxo.

“O imóvel foi desapropriado com dinheiro público e não pode ser desfigurado pela especulação imobiliária”, afirmou o secretário. O edital, ainda em fase de elaboração, determinará o uso exclusivamente hoteleiro do terreno, independentemente de uma eventual demolição do prédio atual.

Com 140 apartamentos, terraço e piscina, o Ipanema Plaza operou durante anos em uma das localizações mais valorizadas do Rio. Encerrado em 2017 devido a disputas entre os sócios, o prédio permaneceu fechado desde então. Em 2023, chegou a atrair o interesse de um grupo chinês, mas a negociação não foi adiante. Na época, o imóvel era avaliado em R$ 80 milhões, valor considerado abaixo da média local, que gira em torno de R$ 200 milhões.

A desapropriação do Ipanema Plaza faz parte de um pacote mais amplo de ações voltadas à reocupação de imóveis ociosos na cidade. Só no Centro do Rio, outras 16 propriedades abandonadas foram incluídas na iniciativa, que visa recuperar áreas subutilizadas e fomentar o desenvolvimento econômico em regiões estratégicas da capital fluminense.

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