O Intercontinental Hotels Group (IHG), que foi anunciado no início de fevereiro como a nova bandeira do Hotel Nacional, em São Conrado, no Rio, desistiu da parceria para reabertura do empreendimento. Conforme informou Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), com exclusividade ao M&E, atrasos em questões legais, como licença ambiental para construção da torre, influenciaram a decisão.
“Tenho certeza de que a saída [do grupo Intercontinental] não aconteceu porque as operações com o Hotel Nacional não seriam rentáveis, ou porque não seria um negócio interessante”, comentou Alexandre. “Assim que essas questões legais forem solucionadas, aparecerão diversos grupos interessados no hotel, certamente”, concluiu.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, apresentou no dia 16 de fevereiro o Hotel Nacional como “símbolo do renascimento do Rio de Janeiro”, na presença do investidor Malkon Merzian e do representante do IHG, Eduardo Camargo. As obras começariam no mês seguinte, em março, com previsão de reabertura para maio de 2014, a tempo de receber hóspedes para a Copa do Mundo.
Na ocasião, Eduardo Camargo adiantou que o hotel contaria com três restaurantes e que o pé direito do centro de convenções seria aumentado, para ter cerca de 8 mil m². Malkon Merzian, por sua vez, comentou que seriam gastos R$ 180 milhões só na segunda torre do empreendimento, a comercial. Na principal o investimento seria de R$ 100 milhões.
O Hotel Nacional é um dos prédios mais conhecidos e tradicionais da cidade, projetado por Oscar Niemeyer e com jardins de Burle Marx. Fechado há 16 anos, estava envolvido num imbróglio judiciário, com uma série de credores reclamando seus direitos.
Pamela Mascarenhas