
O clima não anda tão quente quanto se espera em Las Vegas, ao menos nos resorts voltados ao turista de perfil médio. A MGM Resorts reportou uma queda de 4% na receita de seus 12 hotéis na Strip no segundo trimestre, refletindo a desaceleração do turismo doméstico e um recuo expressivo nas reservas dos empreendimentos mais econômicos.
Entre os mais afetados estão o Luxor e o Excalibur, que registraram “fraqueza anormal” durante a semana, segundo o CEO William Hornbuckle. Já o MGM Grand sofreu com reformas pesadas, o que também pesou no resultado.
A queda coincidiu com os anúncios de tarifas comerciais nos EUA, a partir de maio, o que reduziu as reservas por nove semanas seguidas. O movimento começou a se recuperar apenas nas últimas quatro semanas, com três delas mostrando alta nas reservas, de acordo com o executivo.
Apesar do baque, o setor de luxo segurou firme. O Bellagio, por exemplo, viu a diária média subir 4% no trimestre, reforçando a resiliência dos viajantes de alta renda, que seguem apostando em experiências premium, mesmo em tempos incertos.
Com o segmento de valor pressionado, a MGM estuda cortes ou isenções de taxas para atrair mais visitantes. A empresa também tem buscado fortalecer suas parcerias e expandir para novos mercados: o acordo com a Marriott Bonvoy rendeu frutos no trimestre, e os planos seguem firmes para projetos em Dubai e Nova York.