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Rede Viale seleciona jovens talentos da rede estadual para formação em hotelaria

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Ana Azevedo

Publicado - 18/07/2025 - 16:02

Hotelaria Brasil (Banco de Imagens Pexels)
Aprendizes de Foz do Iguaçu têm novas oportunidades em projeto com hotéis e governo (Banco de Imagens/ Pexels)

A Rede Viale de Hotéis realizou, nesta semana, em Foz do Iguaçu, entrevistas com sete estudantes do curso técnico em hospedagem do Colégio Estadual Carlos Drummond de Andrade. A ação integra o Programa Cota de Aprendizagem, criado pelo governo do Paraná para qualificar jovens de 15 a 17 anos para o mercado de turismo, com foco no setor hoteleiro.

A seleção foi conduzida por Maria Alice, responsável pelo RH do Viale Cataratas, e faz parte da primeira etapa do processo de contratação de aprendizes. “Eles estão em uma formação que alia teoria e prática, o que os prepara de forma mais direta para o mercado de trabalho”, afirmou. Os candidatos ainda passarão por uma segunda entrevista com o gestor da recepção do hotel.

Acompanhando os estudantes, o coordenador do curso técnico, Stefan Hoppe, destacou a importância da vivência prática. Segundo ele, a rede hoteleira local oferece diversas oportunidades de inserção. “É extremamente importante que os alunos conheçam as possibilidades reais de atuação no mercado”, disse.

A parceria entre a rede hoteleira e a escola pública é resultado do programa implementado em 2023 pelas secretarias estaduais de Turismo (Setu-PR) e Educação (Seed-PR). A iniciativa oferece curso técnico em contraturno para estudantes do Ensino Médio e prevê contratação formal como aprendizes em estabelecimentos da região.

Atualmente, 189 alunos participam do curso técnico em hospedagem. Além da base teórica, os estudantes desenvolvem habilidades práticas em áreas como recepção, gestão de eventos, alimentos e bebidas, e controladoria. O modelo busca atender à crescente demanda por mão de obra qualificada no turismo regional.

Segundo Marcelo Martini, ex-diretor de Gestão Turística da Setu e atual diretor de operações do Viaje Paraná, a iniciativa surgiu para suprir uma carência histórica de profissionais qualificados no setor. “Durante três anos, os jovens se preparam para atuar diretamente na operação hoteleira, e o programa ajuda a fidelizar esses talentos com contratos de dois anos”, afirmou.

O projeto também cumpre exigências da legislação trabalhista, que obriga empresas com faturamento anual superior a R$ 2,4 milhões a manter pelo menos 5% de aprendizes em seu quadro funcional. A experiência prática dos alunos, segundo Martini, contribui para sua empregabilidade e fortalece a economia local.

Daiane Pereira Fraile, da equipe de gestão da Educação Profissional do estado, afirmou que a reformulação dos cursos técnicos iniciada em 2022 teve como foco a sintonia com as demandas do mercado. Em 2025, o número de estudantes matriculados em cursos técnicos no Paraná ultrapassou 120 mil.

“Oferecemos uma formação que alia teoria e prática de forma efetiva. Isso explica por que a empregabilidade dos nossos jovens segue em alta”, disse Daiane, ao destacar o apoio do secretário Roni Miranda e do governador Ratinho Junior à expansão da educação profissional.